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‘Conexão Latino-Americana’ fortalece integração e cooperação na suinocultura entre países participantes

Em sua estreia, o evento se firmou como um marco para a suinocultura no continente americano, promovendo intercâmbio de conhecimentos e construção conjunta.

28 Março 2025
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A Conexão Latino-Americana: fortalecendo parcerias na cadeia de valor da suinocultura reuniu líderes do setor em São Paulo, nesta quinta-feira (27), para promover um espaço de troca de experiências e fortalecimento das relações institucionais. Realizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com apoio da Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) e da plataforma internacional 333, a agenda consolidou um marco estratégico para o setor.

Com a presença das lideranças da suinocultura afiliadas da ABCS e dos líderes das associações de outros oito países – Chile, Colômbia, Paraguai, Panamá, Peru, Bolívia, Equador e México – o encontro proporcionou debates essenciais sobre temas como sanidade animal, biossegurança, mercado internacional, sustentabilidade, políticas públicas e tecnologia.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, celebrou a iniciativa, destacando que a cooperação entre os países pode impulsionar o crescimento da suinocultura latino-americana. “A América Latina tem potencial para se consolidar como um dos maiores produtores de suínos do mundo. Nossa ideia é proporcionar um intercâmbio de informações para que possamos crescer juntos”, afirmou.

ABCS destaca avanços da suinocultura brasileira

Durante o encontro, a ABCS apresentou seu trabalho e os avanços da suinocultura brasileira. A associação destacou sua atuação na erradicação da Peste Suína Clássica (PSC), sendo que 16 estados brasileiros já são considerados livres da doença.

A ABCS também apresentou seu intenso trabalho de aprimoramento genético e produtivo da suinocultura brasileira, realizado desde 1955. A associação atuou junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para garantir segurança jurídica e implementar normas de bem-estar animal nas granjas, além de impulsionar outros avanços como a nacionalização de reprodutores importados, emitindo certificados zootécnicos que garantem a qualidade genética e sanitária dos suínos.

Além das questões técnicas, a ABCS enfatizou seu trabalho político em prol da suinocultura nacional. Lopes ressaltou que a associação busca construir políticas públicas estruturantes que promovam a sustentabilidade do setor. “Isso aproxima lideranças suinícolas dos debates políticos e oferece suporte a parlamentares com notas técnicas e dados atualizados sobre a cadeia produtiva. É uma atuação essencial para o avanço da suinocultura brasileira”.

Países participantes compartilham experiências e desafios

Durante as apresentações, os países relataram seus avanços e os entraves para o desenvolvimento do setor. O presidente da Asociación Nacional de Porcinocultores de Panamá (ANAPOR), Victor Epifânio, destacou que o país conta com 35 mil matrizes e registrou crescimento no consumo per capita, que atingiu 18,2 kg/hab em 2024​. O Equador, representado pelo presidente da Asociación de Porcicultores del Ecuador (ASPE), Paúl Parra, também destacou seus esforços para o aumento do consumo interno, apresentando ações como o Dia Nacional da Carne Suína e medidas de inovação tecnológica e sustentabilidade. Ainda dentro da temática, A Colômbia, por meio do presidente da Asociación Porkcolombia – Fondo Nacional de la Porcicultura, Jeffrey Fajardo López, explicou que em 2024 o país alcançou a marca de 608 mil toneladas de produção, com um consumo per capita de 14,7 kg/hab.

Ainda que haja crescimento, todos os países enfrentam desafios coletivos e particulares. É o caso da Bolívia. O presidente da Asociación de Criadores de Cerdos de Granjas Tecnificadas, Hugo Roca da Bolívia, apontou que apesar das possibilidades de aumento do consumo interno, o país ainda apresenta infraestrutura limitada, instabilidade política e carência de avanços genéticos e tecnológicos. Roca destacou a importância da agenda Conexão Latino-Americana para avanços futuros. “Agora, precisamos nos concentrar em unir forças como parceiros e não como concorrentes. Trabalhando como bloco, temos muito mais a ganhar”.

Representando o México, o presidente da Organización de Porcicultores Mexicanos (OPORMEX), Jorge Ivan Espinosa, compartilha da visão de apoio mútuo entre as nações participantes. “Muitos desafios são compartilhados e podemos trabalhar de maneira transversal”. Espinosa destacou a necessidade de o Brasil participar da Oiporc (Organização Iberoamericana da Suinocultura) para discutir temas sanitários, uma vez que é onde há maior convergência de desafios conjuntos.

Representando o Chile, Rodrigo Castañón, presidente da Asociación Chilena de Productores de Cerdos, também chamou atenção para a importância da sanidade animal para a competitividade dos países. A nação compartilhou ainda os principais desafios enfrentados pela suinocultura chilena, como a limitação de espaço territorial.

Durante sua apresentação, o Peru, representado pelo presidente da Guillermo Vidal, Asociación Peruana de Porcicultores (ASOPORCI), destacou-se como uma grande evolução na suinocultura regional. No país, o setor gera mais de 625 mil empregos com ganhos para cerca de 2,5 milhões de peruanos, crescimento médio de 5% ao ano e forte contribuição ao PIB agropecuário.

Outro país que ressaltou sua evolução no setor foi o Paraguai, representado por Hugo Schaffrah, presidente da Asociación de Criadores de Cerdos del Paraguay, com mais de 1 milhão de suínos produzidos em salas climatizadas e 100% dos novos projetos alinhados a esta medida de bem-estar animal, a produtividade do país tem sido reconhecida internacionalmente, e o setor já triplicou sua produção de carne em 10 anos. Porém, ainda há desafios a serem superados, como o tratamento de resíduos, a sanidade animal, a tecnificação de pequenos produtores e a logística de exportação.

Conexão Latino-Americana marca novas perspectivas para o setor

Estiveram presentes na agenda representantes da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais e do Departamento de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura (MAPA). A Pasta ressaltou que o encontro desempenha um papel essencial na construção de acordos bilaterais e no fortalecimento da cooperação internacional, ampliando as oportunidades para a suinocultura latino-americana no cenário global.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, reforçou a importância da iniciativa. “Estamos dando um passo fundamental para integrar ainda mais os países da América Latina e transformar a suinocultura da região em uma potência global. A Conexão Latino-Americana é um marco para o setor e abre portas para um futuro promissor”.

28 de março de 2025 /ABCS /Brasil.
https://abcs.org.br

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