A divulgação da PSA e os desafios envolvidos na contenção de seus danos foram os temas de discussão durante o Painel do IPVS apresentado online no 333 Experience Congress Brasil, realizado no dia 19 de novembro, que reuniu pessoas envolvidas com a suinocultura.
A Presidente do IPVS2022 abriu o painel falando sobre a representatividade do Brasil na suinocultura mundial. O Dr. Almeida mencionou que não é por acaso que o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção e exportação de carne suína. O país deve esta importante posição pelo empenho e foco de toda a suinocultura, que tem trabalhado muito para entregar as melhores soluções para se manter à frente do mercado.
O Dr. Dutra abordou o cenário atual da PSA, acrescentando que esta é uma discussão muito relevante e sem fim. Segundo ele, entre as doenças virais encontradas na suinocultura, a PSA é certamente a mais desafiadora. A situação na Ásia mostrou claramente as consequências catastróficas do vírus quando chegou ao continente. Por exemplo, o tamanho do rebanho da China diminuiu 40%, levando a mudanças em seus protocolos de biossegurança para garantir que as regras de quarentena e medidas de controle sejam estritamente seguidas. O Dr. Dutra enfatizou que ainda há um longo caminho pela frente para controlar a PSA na Ásia. Por outro lado, o uso de vacinas vivas - a maioria contrabandeada, tem contribuído para o desenvolvimento de novas cepas de vírus muito mais difíceis de identificar.
O Dr. Vizcaíno concorda que o uso de vacinas não autorizadas está agravando ainda mais a disseminação da PSA. Quatorze anos após sua chegada à Europa, a doença continua sendo vista como uma grande incógnita pela comunidade científica. "Temos hoje uma grande variedade de genótipos derivados das cepas atenuadas dessas vacinas não autorizadas, sem garantias." O Dr. Vizcaíno também acredita que a vacina agora em desenvolvimento na Espanha está avançando muito para ser aprovada.
O Dr. Gortázar deu uma visão geral do papel dos javalis na PSA. Ele também abordou as várias facetas do controle da doença. Segundo ele, temos trabalhado na prevenção, cuidando do meio ambiente onde vivem esses animais, descartando corretamente as carcaças e compartilhando informações com a comunidade da suinocultura.
Para garantir que o Brasil permaneça livre de PSA, os palestrantes concordaram que atenção especial deve ser dada ao transporte de animais, destinação correta de carcaças contaminadas e controle de moscas, pois o vírus pode sobreviver até 110 dias em temperaturas entre 3 ° C e 4 ° C e até um mês dentro de uma baia contaminada, como Christian apontou. Segundo o Dr. Dutra, o estado de saúde do Brasil é um exemplo a ser seguido.
13 de dezembro de 2021 - IPVS