Com sede em Florianópolis, a empresa Granter trabalha com tecnologia para o agronegócio e, neste período de pandemia, disponibiliza soluções que visam simplificar a produção de alimentos, tornando-a mais acessível e controlável para o produtor rural e para a agroindústria. Apesar da pandemia, a empresa cresceu neste primeiro semestre do ano, contratou oito colaboradores e teve que inclusive realizar uma ampliação do espaço físico.
"Com as novas contratações não teria mais espaço na sala antiga então tivemos que ampliar. Nós saímos do espaço que trabalhávamos antes e fomos para um outro andar mais amplo", explica o empresário e CEO da Granter, Clóvis Rossi. A empresa executou a ampliação durante o período em que os colaboradores estavam trabalhando em regime home office.
Na última sexta-feira (24), aconteceu a inauguração da nova sede, que foi uma surpresa para os 27 colaboradores da empresa. O evento foi transmitido por uma live no Youtube para os colaboradores, que receberam previamente uma caixa em suas casas, que continha até espumante para celebrar a nova conquista da empresa.
"A caixa já foi com a recomendação para colocar na geladeira, mas para não abrir, pois foi tudo surpresa. Nós contratamos até um apresentador para mostrar a nova sede à equipe. O objetivo é motivar o pessoal que estava trabalhando 100% em home office e comunicar uma retomada gradual a partir do dia 27 de julho", comemora Clóvis.
Ferramenta Meu Lote e R-SUI
A plataforma Meu Lote é uma das soluções da Granter. Ela disponibiliza um aplicativo para o produtor rural e ambiente de gestão para as integradoras, focando na gestão e na performance dos lotes de produção, garantindo assim acesso em tempo real às informações do campo e orientando ações imediatas frente aos possíveis desvios identificados.
Com a ferramenta Meu Lote, os gestores das empresas integradoras possuem as informações dos lotes na palma da mão. Com isso, podem priorizar a ordem das visitas para os extensionistas nos produtores que apresentam estado crítico do lote, mortalidade acima do esperado ou desvios no consumo de ração e medicamentos. Isso em tempos de crise, onde o distanciamento se torna necessário, é essencial, pois permite administrar o tempo de forma mais inteligente e fazer somente as visitas que são prioritárias.
Além disso, a Granter também desenvolveu o R-SUI, que visa garantir a rastreabilidade de carne suína, do campo ao abate. A solução foi criada com base nos protocolos mais rigorosos de segurança de alimentos do mundo e possibilita aumentar o volume de suínos exportados.
"A ferramenta R-SUI possibilitou aos nossos clientes aumentar o volume de suínos exportados, inclusive para a China, que foi um dos países mais atingidos com a pandemia", destaca o empresário Clóvis Rossi.
Aumento da exportação de suínos durante e pandemia
Diferentemente do que aconteceu com a maioria dos setores durante a pandemia do Coronavírus, o mercado para exportação dos suínos catarinenses vem apresentando crescimento. Santa Catarina é maior produtor nacional de carne suína do país e, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), somente em maio deste ano, o estado embarcou 51,7 mil toneladas de carne suína, faturando mais de US$ 113,6 milhões.
Segundo o CEO da Granter, além dos impactos do Coronavírus, a Peste Suína Africana também contribuiu para a queda da produção de carne suína da China de mais de 20% em 2019, assim como afetou outros países da Ásia e da Europa. Em 2020, a doença continuou a se espalhar, influenciando todo o consumo e produção da região.
"Diante desse cenário, o Brasil vem se consolidando como o maior exportador de carne suína no mercado internacional, batendo recordes de exportação", garante Clóvis.
Reinvenção com o uso da tecnologia
A Granter é especialista em tecnologia para o agronegócio e cria soluções com foco na cadeia de suinocultura. A empresa acredita que a produção de alimentos pode ser mais inteligente, valorizada e sustentável e, por isso, procura simplificar a adoção da tecnologia e do uso dos dados. Para eles, o mais importante para o agronegócio é o resultado que a análise desses dados pode trazer.
"Nós acreditamos que os dados são sim o novo petróleo. Eles são o combustível de nossa transformação, que trazem melhores resultados e mais sustentabilidade. Mas nós também sabemos que, um combustível, por melhor que seja, não traz resultado se não for usado através de uma ferramenta adequada", pondera Clóvis.
Segundo o CEO da Granter, o maior desafio para a empresa é auxiliar os clientes na tarefa de absorver esses dados por meio de uma análise adequada.
"Como parceiros que somos, não poderíamos deixar de enfrentar esse desafio. Se outras empresas também observarem o campo com essa visão de inovação e encontrarem soluções que otimizem e facilitem os processos, a visão da Granter poderá ser replicada".
Adaptações para o período de pandemia
A Granter precisou se adaptar para continuar suas atividades durante a pandemia do coronavírus. As medidas de isolamento social exigiram que o trabalho presencial fosse substituído pelo realizado em regime home office e que as reuniões diárias fossem feitas por vídeo.
"Com o distanciamento entre os nossos colaboradores, as reuniões diárias de alinhamento por vídeo se tornaram essenciais. Com elas podemos tirar as dúvidas, resolver pendências, buscar conhecimento e inovação", explica Clóvis.
Para que o trabalho em casa continuasse sendo realizado com o mesmo conforto que os funcionários tinham na sede da empresa, a Granter disponibilizou materiais, como cadeiras ergonômicas, notebooks e demais utensílios que já eram utilizados presencialmente no ambiente de trabalho.
Além disso, a empresa modificou a forma de apresentar projetos para futuros clientes, passando a fazer maior uso de ligações telefônicas e videoconferências. Segundo Clóvis, com a pandemia, os clientes também apresentam maior disponibilidade para uma reunião online.
"Acredito que isso aconteceu muito em função da quebra forçada de conceitos até então inabaláveis que se tinham que reuniões online poderiam não ser tão produtivas ou elucidativas."
Os treinamentos e capacitações também começaram a ser realizados online e foram disponibilizados materiais de apoio pela empresa para os clientes, para que eles possam consultar e tirar dúvidas.
"Muito do que tínhamos planejado teve que ser adaptado à nova realidade. E de forma rápida. A maioria de nossos colaboradores ainda estão trabalhando de suas casas, mas sempre que possível incentivamos um happy hour online para promover a integração da equipe Granter", finaliza Clóvis.
Julho de 2020 / Granter / Brasil