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Dependência da China preocupa suinocultores de Santa Catarina

Os embargos impostos pela China e o endurecimento nas regras sanitárias às empresas exportadoras preocupam os suinocultores de Santa Catarina, pois cerca de 60% das exportações de carne suína catarinense são destinadas ao país asiático.

3 Julho 2020
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Os embargos impostos pela China e o endurecimento nas regras sanitárias às empresas exportadoras preocupam os suinocultores de Santa Catarina, pois cerca de 60% das exportações de carne suína catarinense são destinadas ao país asiático. “Pelo menos 55% da produção brasileira também vai para a China. A suinocultura está dependente deste mercado, o que é um grande risco porque o nosso consumo interno está retraído. Se tivermos qualquer problema com os chineses, não conseguiremos absorver o excedente de produção. E quem vai pagar a conta mais uma vez são os produtores”, enfatiza Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS.

Mais uma vez o presidente da ACCS alerta para o crescimento desordenado da suinocultura no país com o objetivo de atender a demanda internacional – que corresponde por 20% da produção nacional. “Precisamos manter a produção estável, melhorando a produtividade com foco na redução dos custos. Muitas empresas estão crescendo desordenadamente visando as exportações, que é um mercado arriscado”.

Das 181 mil toneladas de carne suína exportadas por Santa Catarina em 2020, 108 mil tiveram a China como destino. “Precisamos diversificar o mercado internacional e melhorar o consumo interno. Também precisamos ter um controle da produção de suínos, embora muitos acham que isso seja uma utopia”, avalia Losivanio.

O governo brasileiro teme mais suspensões de frigoríficos pela China, além das três unidades que já tiveram as exportações barradas por Pequim diante do endurecimento das restrições sanitárias à importação de alimentos no país.

Segundo apuração da mídia nacional, mais duas plantas devem ser suspensas pela China, que ampliou o número de pedidos de informações à Brasília sobre os casos de contaminação de funcionários por Covid-19. Além de estabelecimentos de carnes bovina e de frango, os chineses também fizeram questionamentos sobre plantas de abate de suínos de empresas de todos os portes.

Antes das primeiras suspensões, 102 frigoríficos do Brasil estavam habilitados a exportar à China, principal destino dos embarques nacionais. Ainda que o número de plantas suspensas seja pequeno até o momento, Brasília busca entender quais os critérios técnicos que vêm sendo usados por Pequim para embargar as plantas, mesmo que de forma temporária.

Julho de 2020 - ACCS

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