Resultados completos de abate do IBGE, publicados em 15/03/22, confirmam o crescimento de 9,12% no volume de produção de carcaças suínas e 7,32% em cabeças abatidas no ano de 2021 em relação a 2020. Nenhuma outra proteína animal cresceu tanto nos últimos anos no Brasil. No acumulado de 2016 a 2021, a produção de carne suína (em toneladas) cresceu mais de 30%.
Em 2020 as exportações absorveram a maior parte do excedente, ao contrário de 2021, quando foi o mercado interno que teve que suportar uma oferta a maior de 294,5 mil toneladas, pois a exportação em 2021 só aumentou 12,7% em relação ao ano anterior (+114 toneladas), enquanto a produção aumentou 408,6 mil toneladas.
É justamente este excedente de quase 300 mil toneladas despejado no mercado interno em 2021, agravado por um momento de perda de poder aquisitivo da população brasileira, que é um dos fatores que determinaram o início da crise da suinocultura que perdura neste início de 2022.
Para 2022 já se esperava um primeiro semestre muito desafiador, com preço de venda do suíno em baixa e alto custo de produção. Com o início da guerra na Ucrânia, no final de fevereiro, imediatamente houve um estresse nas cotações das comodities, muito em função da natural especulação que ocorre numa situação destas.
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17 de março de 2022 /ABCS /Brasil.
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