A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) participou da primeira reunião online da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O encontro teve como foco as ações da pasta em meio à pandemia da COVID-19. A ABCS priorizou a necessidade de abrir novas linhas de crédito com intuito de gerar capital de giro ao suinocultor. Ainda na pauta da reunião, foi tratado sobre as exigências do Ministério Público do Trabalho aos frigoríficos quanto a adequações trabalhistas.
A consultora governamental da ABCS, Ana Paula Cenci, explicou que a entidade estima uma queda de 20 a 30% no volume de abate dos suinocultores independentes sendo que o preço pago a este suinocultor também caiu nas últimas semanas. “Calculamos que o impacto gerado pela COVID-19 é principalmente para os suinocultores independentes, que são em torno de 733.400 matrizes, representando 30% da produção suinícola brasileira”.
Para o presidente da Comissão de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Iuri Machado, a possibilidade de oferecer carne suína na merenda escolar também é uma forma de apaziguar os impactos. “Temos que achar meios de abrir um canal de comercialização já que o suinocultor independente tem hoje uma perda de 40% do valor vendido do seu suíno e não tem sinal algum de estabilização desse mercado”.
27 de abril de 2020 / ABCS / Brasil
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