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Suinocultura mundial: USDA melhora as perspectivas para o comércio internacional

Em seu último relatório "Livestock and Poultry: World Markets and Trade" de 12 de julho, o USDA recalculou suas estimativas para a produção de suínos de 2023, mantendo sua cifra de produção e estimando uma perspectiva melhor para o comércio internacional levando em consideração o possível maior dinamismo dos embarques dos Estados Unidos e Brasil.

Gráfico 1: Atualização das projeções das variáveis ​​fundamentais da suinocultura mundial em 2023, número em milhões de toneladas. Elaborado pelo Departamento de Economia e Inteligência de Mercado da 333 com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Gráfico 1: Atualização das projeções das variáveis ​​fundamentais da suinocultura mundial em 2023, número em milhões de toneladas. Elaborado pelo Departamento de Economia e Inteligência de Mercado da 333 com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
20 Julho 2023
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Contexto geral

  • A previsão da produção mundial de carne suína para 2023 permanece praticamente em 114,8 milhões de toneladas (Mt).
  • Aumentos na previsão de produção para China, Canadá e Brasil compensaram quedas na UE (União Europeia), Japão, Filipinas e México.
  • Apesar das margens principalmente negativas em todo o setor, a produção da China é maior, considerando o lucro acima do esperado, já que os produtores procuram reduzir o rebanho para manter o fluxo de caixa.
  • A produção da UE continua diminuindo devido à pressão da regulamentação ambiental, consumo mais fraco e custos de produção relativamente altos.
  • A produção de carne suína filipina caiu 3% devido à expansão da PSA nas principais regiões produtoras.
  • As exportações mundiais de carne suína para 2023 estão previstas 2% acima da previsão de abril, consolidando 10,8 Mt. O aumento dos embarques dos Estados Unidos e do Brasil mais do que compensou as quedas do Canadá, Reino Unido e UE.
  • A redução da oferta de carne suína da UE oferece oportunidades para os EUA e o Brasil ganharem participação de mercado na Ásia, incluindo a Coréia do Sul e as Filipinas. A forte demanda da China beneficiou a maioria dos principais exportadores de carne suína até o momento.
  • O Brasil continua registrando ganhos nas exportações e batendo recordes de carne bovina, suína e de frango. As exportações de carne suína do Brasil são projetadas 8% a mais do que em 2022, chegando a 1,5 milhão de toneladas. Isso se deve às fortes exportações para a maioria dos mercados asiáticos, incluindo embarques particularmente fortes para a China e Hong Kong. Espera-se que a queda nos preços das rações no Brasil estimule ainda mais a produção e fortaleça a competitividade de preços.

Estimativas Globais

  • A produção mundial de carne suína para 2023 situa em 114,8 Mt, valor que representa um aumento de 0,3% em relação ao total para 2022 (114,4 Mt).
  • As exportações globais cairiam 1,8% em relação a 2022, passando de 11,0 para 10,8 Mt.
  • As importações atingiriam um volume de 9,81 Mt em 2023, o que representaria uma queda de 0,9% em relação ao ano anterior (9,89 Mt).
  • O consumo aparente cresceria 0,5%, passando de 113,2 para 113,8 Mt.

Resumo por país

  • A China produziria 56,0 Mt, o que significa um aumento de 1,1% em relação a 2022. Por outro lado, estima-se um aumento de 8,2% em seu volume de importação, que se situaria em 2,3 Mt.
  • A produção da União Europeia cairia 2,8% atingindo 21,7 Mt, enquanto suas exportações se situariam em 3,7 Mt, o que se refere a uma queda de 11,3% em relação a 2022. Por outro lado, as importações são estimadas em 100.000 t, o que representa uma queda de 17,4% em relação ao ano anterior.
  • Os Estados Unidos aumentariam sua produção em 1,4% com 12,4 Mt, e seria esperado um aumento de 9,0% em suas exportações, que chegariam a 3,14 Mt.
  • O Japão se posicionaria como o segundo importador mundial de carne suína com 1,5 Mt, embora diminuísse 3,5% neste indicador.
  • O Brasil aumentaria seu volume de produção em 2,6%, atingindo 4,5 Mt. Da mesma forma, as exportações são esperadas para 1,5 Mt, o que significaria um aumento de 13,7%.
  • O México cresceria 2,0% na produção com aproximadamente 1,6 Mt. Por outro lado, manteria sua posição de terceiro importador mundial e primeiro da América Latina com 1,31 Mt, cifra que representaria um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior.

Redação Departamento de Economia e Inteligência de Mercados 333 América Latina com dados da USDA. Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/

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