Contexto geral
- A produção de carne suína na União Europeia é projetada para ser 3% menor em comparação com o ano anterior. Por outro lado, o aumento das regulamentações ambientais e as margens fracas dos produtores devido ao aumento dos custos dos insumos provavelmente continuarão sufocando a produção. Da mesma forma, as exportações devem cair 10% devido à queda das exportações para a China, Japão e Coréia do Sul, uma vez que perdem competitividade devido ao aumento dos custos dos insumos.
- A produção no Vietnã está prevista para aumentar em 6%, graças aos investimentos que permitiram que a indústria se recuperasse dos surtos da PSA.
- A produção brasileira é estimada em 2% a mais do que no ano anterior, já que a demanda doméstica e as oportunidades de exportação continuam fortes devido aos preços competitivos.
- Espera-se que a produção da China aumente marginalmente, já que a demanda do consumidor permanece robusta.
- Os embarques do Canadá em 2023 estão previstos 4% abaixo do ano anterior. O fechamento de algumas fábricas e os preços relativamente altos das rações devem pesar na produção de suínos, reduzindo a oferta disponível para exportação.
- Prevê-se que as exportações para a China sejam mais altas, uma vez que a flexibilização dos controles de fronteira no Japão e Hong Kong deve estimular a demanda do setor hoteleiro e de restaurantes, bem como do setor institucional de produtos processados.
- A produção de carne suína dos EUA será 1% maior do que em 2022, já que o crescimento relativamente forte do abate no primeiro trimestre será moderado ao longo do ano. Por outro lado, as exportações estão previstas ligeiramente mais altas em 2023, com pequenos aumentos para China, Japão e Coreia do Sul devido ao aumento da competitividade da carne dos EUA e à queda das exportações da União Europeia.
Estimativas Globais
- A produção mundial de carne suína para 2023 vai ficar em torno de 114,3 milhões de toneladas (Mt), valor que representa uma queda de 0,2% em relação ao total para 2022 (114,6 Mt).
- As exportações globais cairiam 0,1% em relação a 2022, passando de 9,89 para 9,88 Mt.
- As importações atingiriam um volume de 10,6 Mt em 2023, o que representaria uma queda de 3,4% em relação ao ano anterior (11,0 Mt).
- O consumo aparente cresceria 0,2%, passando de 113,4 para 113,7 Mt.
Estimativas por Continente
- A América Latina apresentaria o maior crescimento regional, com uma produção que chegaria a 8,08 Mt e que representaria um aumento de 2,4% em relação a 2022 (7,89 Mt). Da mesma forma, o volume das exportações cresceria 3,3%, consolidando 1,89 Mt, enquanto as importações diminuiriam 0,3% e o consumo aparente cresceria 1,5%.
- A Ásia aumentaria sua produção em 0,5%, atingindo 63,4 Mt, graças ao aumento da oferta doméstica da China e do Vietnã. Por outro lado, projeta-se um aumento no volume de importações de 0,1%, que se situaria em 5,7 Mt.
- Para toda a América, a produção aumentaria 1,2%, atingindo 22,5 Mt. No entanto, as importações cairiam 4,3%, atingindo 2,69 Mt, enquanto as exportações cresceriam 0,4%, atingindo 6,14 Mt.
- O continente europeu cairia 2,9% na produção com um total de 27,5 Mt. Da mesma forma, espera-se uma queda nas exportações de 9,2%, que chegariam a 4,2 Mt.
- A África aumentaria sua produção em 3,2%, que se situaria em 0,5 Mt, enquanto a Oceania diminuiria 2,3% e atingiria um volume de produção muito semelhante ao da África.
Principais países
- A China produziria 55,5 Mt, o que significa um aumento de 0,2% em relação a 2022. Por outro lado, estima-se um aumento de 3,5% em seu volume de importação, que se situaria em 2,2 Mt.
- A produção da União Europeia cairia 3,2% atingindo 21,8 Mt, enquanto suas exportações se situariam em 3,8 Mt, o que se refere a uma queda de 10,3% em relação a 2022. Por outro lado, as importações são estimadas em 125.000 t, o que representa um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior.
- Os Estados Unidos aumentariam sua produção em 1,4% com 12,4 Mt, e seria esperado um aumento de 0,7% em suas exportações, que chegariam a 2,9 Mt.
- O Japão se posicionaria como o segundo importador mundial de carne suína com 1,5 Mt, embora diminuísse 3,5% neste indicador.
- O Brasil aumentaria seu volume de produção em 1,7%, atingindo 4,4 Mt. Da mesma forma, as exportações são esperadas para 1,4 Mt, o que significaria um aumento de 5,4%.
- O México cresceria 2,6% na produção com aproximadamente 1,6 Mt. Por outro lado, manteria sua posição de terceiro importador mundial e primeiro da América Latina, apesar de se estimar que suas importações cairiam 1,6% este ano, alcançando 1,27 Mt.
Redação: Departamento de Economia e Inteligência de Mercados 333 América Latina com dados da USDA. Estados Unidos https://apps.fas.usda.gov/