Contexto geral
- A produção global de carne suína para 2024 é estimada 1% abaixo da previsão de outubro, uma vez que se espera uma produção menor na China, na União Europeia e no Brasil.
- Para a China estima-se uma diminuição da produção, tendo em conta a continuação da fragilidade da procura que desincentiva a expansão da produção nacional.
- A regulamentação contínua e as mudanças nas preferências dos consumidores foram os fatores que impulsionaram as projeções descendentes da União Europeia.
- A produção do Brasil é estimada abaixo do projetado em outubro, uma vez que as importações provenientes da China, o seu principal mercado, continuam a enfraquecer.
- A produção dos EUA permanece praticamente inalterada, uma vez que o declínio nos partos foi compensado por aumentos no número de leitões por leitegada.
- As exportações globais de carne suína para 2024 caíram 2% em relação à previsão de outubro, à medida que a União Europeia, os Estados Unidos e o Brasil competem cada vez mais por menores importações da China.
- Embora as exportações dos EUA permaneçam fortes para muitos dos principais mercados, incluindo o México e o Canadá, as exportações agregadas deverão diminuir devido à fraca procura de importações por parte do Japão e da China.
- As exportações do Reino Unido também diminuiriam devido à queda da procura por parte da União Europeia.
Estimativas Globais
- A produção mundial de carne suína para 2024 seria de 114,2 milhões de toneladas (Mt), um valor que representa uma diminuição de 0,9% em relação ao total de 2023 (115,2 Mt).
- As exportações globais para este novo ano cresceriam 1,8% em relação a 2023, passando de 10,0 para 10,2 Mt, respectivamente.
- As importações atingiriam um volume de 9,7 Mt em 2024, o que representa um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior (9,2 Mt).
- O consumo aparente diminuiria 0,6%, passando de 114,5 para 113,8 Mt.
Principais países
- A China, que participaria com 48,4% da produção mundial, produziria 55,2 Mt de carne suína, valor que representa uma queda de 3% em relação a 2023. Por outro lado, estima-se um aumento de 16,9% no seu volume de importações, o que seria de 2,3 Mt.
- A produção da União Europeia diminuiria 0,7%, atingindo 20,7 Mt, enquanto as suas exportações permaneceriam no mesmo nível de 2023 (3,1 Mt). Por outro lado, as importações são estimadas por 100.000 t, o que representa uma diminuição de 4,8% face ao ano anterior.
- Os Estados Unidos aumentariam a sua produção em 2,4% com 12,7 Mt, e seria esperado um aumento de 1,5% nas suas exportações, que atingiriam 3,1 Mt.
- O Japão permaneceria como o segundo importador mundial de carne suína com 1,5 Mt, aumentando 2,1% neste indicador.
- O Brasil aumentaria seu volume de produção em 4,5%, atingindo 4,7 Mt. Da mesma forma, são esperadas exportações de 1,5 Mt, o que significaria um aumento de 6,1% em relação a 2023.
- O México cresceria 1,9% na produção com cerca de 1,6 Mt. Por outro lado, manteria a posição de terceiro importador mundial e primeiro da América Latina com um total de 1,3 Mt, mantendo o volume de importações alcançado em 2023.
- O Canadá diminuiria o seu nível de produção em 2,4%, consolidando 2 Mt em 2024, enquanto as suas exportações aumentariam 0,8% com 1,3 Mt.
- A produção do Vietnã aumentaria 5%, passando de 3,5 Mt em 2023 para 3,7 Mt neste novo ano, enquanto as suas importações aumentariam 4,7% com 112.000 t.
- A Rússia aumentaria a sua produção a uma taxa de 1,3%, atingindo 4 Mt.
Redação: Departamento de Economia e Inteligência de Mercados 333 América Latina com dados do USDA | Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/