Os principais grãos cultivados em Santa Catarina tiveram redução no preço pago ao produtor em junho. Milho e soja apresentaram decréscimo no valor em comparação com o mês anterior, as informações foram divulgadas no Boletim Agropecuário do mês de julho. O documento é uma publicação mensal do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa)
Milho: No mercado interno, os preços do milho foram pressionados em junho. No Estado, as cotações recuaram 4,9% em relação ao mês anterior e 37,8% em relação ao mesmo mês de 2022. Por outro lado, depois de dois anos consecutivos de perdas na produção do milho em função da estiagem, na safra 2022/2023 houve uma recuperação. A produção estadual total, estimada no fechamento da safra, foi de 2,88 milhões de toneladas, cerca de 800 mil toneladas a mais do que na safra anterior. Esse volume é significativo para o Estado, que apresenta um déficit superior a 5 milhões de toneladas nos últimos anos. No Brasil, está prevista uma produção total de 127,7 milhões de toneladas de milho, elevação na ordem de 13% sobre a safra passada.
Soja: No Brasil, a confirmação de uma safra recorde em 2022/2023 de 155,7 milhões de toneladas continua pressionando os preços da soja no mercado interno. No Estado, a cotação de R$124,39 a saca de 60 kg, média recebida pelos produtores em junho, foi a menor desde 2021.A produção da leguminosa em Santa Catarina, quando consideradas a primeira e a segunda safras, totalizou 3,02 milhões de toneladas segundo a estimativa final divulgada em junho. A safra 2022/2023 é a maior da série histórica levantada pelo Epagri/Cepa e pelo IBGE no Estado. O aumento sistemático da área cultivada, a evolução tecnológica e as condições climáticas resultaram nessa produção recorde.
20 de julho de 2023 /EPAGRI /Brasil.
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