O presidente russo, Vladimir Putin, por meio de seu Decreto de 21 de novembro de 2020 nº 730, prorrogou até 31 de dezembro de 2021 o embargo russo de alimentos ao fornecimento de produtos daqueles países que impuseram ou apoiaram sanções anti-russas.
O embargo alimentar foi introduzido por decreto presidencial de 6 de agosto de 2014, contra países que declararam ou apoiaram sanções anti-russas. Inicialmente, aplicou-se a produtos dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Noruega e Canadá. Desde 13 de agosto de 2015, esta lista inclui a Albânia, Montenegro, Islândia e Liechtenstein, que foram incorporados às sanções anti-russas, e desde 1º de janeiro de 2016, a Ucrânia.
Inicialmente, a proibição incluía carnes e derivados, leite e laticínios, peixes e produtos de pesca, frutas e vegetais. Desde outubro de 2017, a importação de suínos vivos (com exceção de reprodutores de raça pura), bem como de subprodutos (miudezas), gorduras de origem animal e manteiga também está proibida.
As autoridades russas afirmaram repetidamente que o embargo aos alimentos eliminou a dependência do país das importações da maioria dos produtos básicos. Segundo a vice-presidente do governo russo Victoria Abramchenko, em função dos resultados de 2019, os indicadores definidos nas Diretrizes de Segurança Alimentar do país foram atingidos no que diz respeito à produção de cereais, açúcar, óleo vegetal, carnes e produtos à base de carne, batata, peixe e produtos à base de peixe.
Como aponta o primeiro vice-presidente do Comitê Agrário da Duma Estadual, Vladimir Plotnikov, a prorrogação da validade do embargo alimentar permitirá aos produtores russos substituir importações onde ainda existe dependência, por exemplo, de frutas e vegetais.
Dezembro de 2020 / Boletim de Notícias do Exterior - MAPA / Espanha.
https://www.mapa.gob.es