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Reflexões dos fatos e números do agro em maio

Dados do agro até maio e alguns pontos do que acompanhar em junho nos setores que afetam a produção de suínos.

20 Maio 2021
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Na economia mundial e brasileira, o relatório Focus (Bacen), divulgado pelo Banco Central em 17 de maio, traz expectativas para o PIB de 2021 em 3,45%, e do próximo ano em 2,38%, com sensível melhoria.

Segundo o USDA para o cenário brasileiro é esperada uma produção de 144 milhões de t. (contra 136 milhões de t nesta). O interessante desta análise é que para a próxima safra estima-se que as exportações dos EUA caiam e as do Brasil subam de 86 para 93 milhões de t. No milho a projeção para o Brasil é de 118 milhões de t (contra 102 milhões nesta). As exportações do Brasil irão de 35 milhões para 43 milhões de t. No boletim da Conab do mês de maio, a organização estimou para a cultura da soja produção de 135,4 milhões de t (+8,5%). No milho primeira safra, a produção deve ser de 24,7 milhões de t (-3,9%) e na segunda safra de 79,8 milhões (+6,3%). A produção total de milho foi indicada em 106,4 milhões de t (+3,7%).

As exportações do agronegócio atingiram a cifra de US$ 13,57 bilhões em abril, estabelecendo novo recorde para o mês, com crescimento de 39% frente ao mesmo período de 2020. A soja liderou os embarques internacionais sendo o volume de soja em grãos recorde para um único mês de US$ 7,20 bilhões (+43,1%) e 17,4 milhões de toneladas. As carnes aparecem na segunda posição totalizando vendas externas de US$ 1,57 bilhão (+22,7%), gerando recorde para o mês, sendo US$ 231 milhões da carne suína (+40,7%).

Dados divulgados pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) indicam um VPB (Valor Bruto da Produção Agropecuária) estimado em R$ 1,19 trilhão, crescimento de 15,2% em relação a 2020. As cadeias da agricultura devem faturar R$ 798,7 bilhões (+ 19,3%), com grande destaque no crescimento das receitas de soja, que devem fechar em R$ 390 bilhões (+ 33,6%), e do milho, com projeção de faturamento em R$ 160,4 bilhões (+ 32,2%).

O governo brasileiro decidiu zerar a TEC (Tarifa Externa Comum) para a importação de milho, soja e seus derivados, de países de fora do Mercosul. A medida, que tem validade até o final de 2021, visa garantir o abastecimento interno e a competitividade de segmentos que dependem dos grãos como fonte de matéria-prima, caso do setor de proteína animal. Mesmo assim, com os elevados patamares do preço do milho no mercado doméstico, a indústria de produção animal brasileira tem buscado alternativas para a composição das rações, visando ajustar os custos de produção, que vêm pressionando as margens do setor.

Devemos ficar atento a alguns pontos em junho:

  1. A crise hídrica que assola o Brasil e coloca em risco o abastecimento de energia elétrica, trazendo grande perdas para as safras de milho, cana, laranja, café entre outras;
  2. As importações na Ásia e outros países em carnes, grãos e demais produtos que estão saindo do Brasil com uma velocidade impressionante;
  3. O desempenho na safra dos EUA. Aparentemente, o clima está mais adequado e o plantio bem acelerado.
  4. A inflação de custos na agricultura, e possíveis preços menores de venda dos produtos com valorização cambial e safras maiores no ciclo 2021/22.

20 de maio de 2021/ Dr.Agro/ Brasil.
https://doutoragro.com/

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