A tão esperada alta do preço pago ao produtor do último trimestre não se concretizou ao longo de outubro e é tímida no início de novembro. O descompasso entre oferta e procura frente a uma crise econômica que resulta em queda do poder aquisitivo da população, sem dúvida, é um dos fatores determinantes desta situação. A exportação de carne suína in natura tem ajudado a enxugar o mercado; após recordes de embarques em um só mês (setembro/21 com mais de 100 mil toneladas) e aumento de mais de 15% (+ 113 mil toneladas) no acumulado de janeiro a outubro de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.
Porém, o preço da carne suína in natura exportada em outubro foi o menor do ano em dólar, fechando em US$ 2.292,00 por tonelada. O maior preço exportado foi atingido em junho, quando ultrapassou a marca de 2.600 dólares.
A oscilação do preço da carcaça suína, que obviamente reflete no preço pago pelo suíno vivo, tem apresentado uma espécie de sazonalidade ao longo do mês, com queda da procura (e do preço) na segunda quinzena. Historicamente, os meses de novembro e dezembro são de aumento de demanda por carne suína. Baseado nisto, espera-se que o preço pago pelo suíno aumente nas próximas semanas a valores nominais superiores ao que se praticou nos últimos meses. Entretanto, pelos prejuízos acumulados ao longo do ano, o balanço financeiro de 2021, para os suinocultores independentes deve fechar no vermelho.
08 de novembro de 2021/ ABCS/ Brasil.
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