A combinação de oferta restrita e demanda aquecida vem elevando as cotações do milho desde meados de fevereiro, segundo informam pesquisadores do Cepea. Mais recentemente, o atraso na semeadura e a irregularidade das chuvas aumentaram as incertezas quanto à produtividade das lavouras da segunda safra, o que vem reforçando o aumento nos preços, que operam em patamares recordes reais em muitas praças brasileiras.
Não é diferente com os preços da soja que estão em patamares recordes nominais no mercado brasileiro, conformem indicam dados do Cepea. O impulso vem das demandas interna e externa aquecidas e, especialmente, das valorizações internacionais. Quanto às exportações, dados preliminares da Secex mostram que a média diária de embarque de soja em grão na parcial deste mês está quase 30% acima da observada em abril/20. Até o momento, foram exportadas 10,6 milhões de toneladas. O avanço no mercado externo, por sua vez, está atrelado ao baixo excedente da safra 2020/21 nos Estados Unidos – produtores daquele país estão retraídos para novos negócios. O clima desfavorável à semeadura de soja da safra 2021/22 nos EUA também elevou os valores da oleaginosa.
Os dois grãos são os principais ingredientes das rações de suínos, e com os preços em alta os produtores de suínos estão sendo forçados a realizarem substituições como o uso do trigo.
27 de abril de 2021/ Cepea/ Brasil.
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