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Perspectivas para a suinocultura na próxima década são positivas

Segundo um estudo realizado pela Fiesp, na próxima década, para o agronegócio brasileiro o cenário é relativamente estável para positivo em alguns casos.

2 Julho 2020
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As crises sanitárias desencadeadas na China têm se refletido na atividade econômica mundial. A pandemia do novo Coronavírus trouxe alterações no mercado nacional e internacional e essa conjuntura tem impulsionado intensas mudanças na produção de alimentos no Brasil, que mesmo em meio à crise tem cumprido o seu papel e garantido o abastecimento normal. Essas transformações instigaram a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a MB Agro a realizarem um estudo sobre o mercado de alimentos e as projeções quanto aos diversos produtos do agronegócio para a próxima década. Em relação à carne suína, a pesquisa registrou crescimento na produção, na exportação e no consumo.

Segundo o “Outlook Fiesp 2029”, a carne suína deve apresentar um aumento na produção de 35% em relação a 2018, com 5,1 milhões de toneladas produzidas. A demanda doméstica deve crescer em 27%, chegando a 3,9 milhões de toneladas em 2029. Também está prevista a evolução no consumo per capita, saindo de 14,4 kg/hab/ano em 2018, para 17,2 kg/hab/ano em 2029. O mercado externo tem previsão de obter o maior nível de avanço, crescendo 68% em comparação com 2018.

O setor suinícola vem enfrentando nos últimos dois anos desafios ligados à produção, devido à Peste Suína Africana, que afetou os rebanhos suínos de diversos países e em 2020, a pandemia do novo Coronavírus trouxe mais alterações no mercado nacional e internacional. Além disso, a guerra comercial entre os EUA e a China acabou reduzindo a competitividade dos produtos americanos e abrindo espaço para outros competidores. Com isso, o Brasil ganhou mais espaço na exportação da soja, com grande procura por parte dos chineses.

Quanto ao mercado interno, o Outlook Fiesp 2029 mostrou que alguns fatores continuarão a influenciar o desempenho do setor agropecuário, como: as definições jurídicas sobre o tabelamento dos fretes; a recuperação judicial de produtores pessoas físicas; a Lei Kandir e; a continuidade do Convênio ICMS nº 100/1997.

Segundo o estudo, para o agronegócio brasileiro o cenário é relativamente estável para positivo em alguns casos. De um lado, a baixa taxa de juros implica a valorização dos ativos reais, em especial a terra. O ganho patrimonial decorrente da elevação do valor presente da atividade por causa da queda dos juros permite seguir o processo de alavancagem para expansão das atividades agrícolas.

A redução dos preços em reais dos fretes combinados com a desvalorização do real permitiu que o custo em dólares da logística brasileira caísse significativamente. Esse elemento se combina aos bons resultados operacionais da grande maioria das atividades agrícolas no Brasil, gerando um ambiente de capitalização expressivo.

Julho de 2020 / ABCS - Fiesp / Brasil.
http://abcs.org.br/

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