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O que aconteceu na República Dominicana desde a declaração oficial da PSA?

A doença já foi confirmada em 25 das 32 províncias que correspondem às maiores áreas produtoras.

15 Setembro 2021
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Em agosto de 2021, a 333 Latam realizou um evento sobre a situação e o que está sendo feito para conter a PSA na República Dominica (RD). O evento contou com a presença do Dr. Israel Brito, presidente da Federação Dominicana de Produtores de Suínos (FEDEPORC), e do Dr. Pedro Lora, consultor de suinocultura na República Dominicana.

Os participantes concordaram que a situação atual é muito delicada, visto que 98% da população suína encontra-se comprometida epidemiologicamente, pois a doença foi encontrada em 25 das 32 províncias do país. Além disso, embora apenas 34 casos tenham sido oficialmente notificados e georreferenciados, não oficialmente há pelo menos 100 casos.

Como a República Dominicana compartilha seu território com o Haiti, o controle da doença é muito difícil porque se acredita que a doença poderia ter vindo do país vizinho, e de acordo com informações não oficiais, no final do ano passado, um número significativo de suínos morreram no Haiti. Em meados de 2020 ocorreu um grande trânsito de haitianos que iam comprar na RD animais para sua reposição. Por outro lado, o doutor Pedro Lora afirma que 78% da suinocultura está num raio de 150 km, o que torna a situação muito complexa devido às curtas distâncias entre as granjas e à dificuldade de controlar a mobilidade dos animais. Até agora, 60.000 animais foram abatidos em granjas comerciais e produções familiares, algumas granjas com até 500 reprodutoras, foram afetadas.

Outro tema discutido foram os planos de controle da doença. Nesse sentido, o que está sendo realizado neste momento consiste em sacrificar os animais afetados e também aqueles que estão a 3 km da área do foco, isso tem sido feito por meio de choque elétrico e sepultamento, e estão instalando áreas de desinfecção nas principais vias de entrada das províncias. Mesmo assim, casos foram relatados no extremo oeste e no sul do país, associados ao fato da cepa do vírus identificada ser uma cepa selvagem Georgia 2007, genótipo 2 de baixa patogenicidade, o que significa que suínos afetados podem ser comercializado sem sinais clínicos aparentes e contribui para a propagação da doença. Além disso, o Dr. Pedro disse que está prevista a geração de uma zona de 15 km até a fronteira com o Haiti, na qual a posse de animais de produção não será permitida para reduzir o risco que este país representa em termos de saúde.

Se o plano anterior definitivamente não funcionar, foi mencionado que os produtores estão considerando a erradicação total da população suína, porém, isso exigiria uma forte intervenção do governo para reconhecer o valor comercial da população total de suínos. . Da mesma forma, os entrevistados ressaltam que o controle é difícil devido à situação atual do Haiti, que vive uma crise social, política e econômica que não permite ações de saúde e limita a disponibilidade de informações oficiais sobre a doença.

Para concluir, caso seja necessário acabar com a população de suínos conforme indicado pelo Dr. Israel, a República Dominicana terá que depender da importação de carne suína dos Estados Unidos, o que mudaria a condição de autossuficiência desse país que produz 73% da carne suína que consome.

10 de setembro de 2021/ Redação 333.

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