O Projeto SIGA/MS divulgou nessa terça-feira (26) o balanço final da safra de soja 2021/2022 e confirma uma drástica queda na produtividade que resultou no menor volume colhido da oleaginosa nos últimos cinco anos em Mato Grosso do Sul. O Projeto Siga/MS é coordenado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) junto com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e Famasul (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul).
A área ocupada pela soja na safra 2021/2022 em Mato Grosso do Sul foi de 3.748.042,72 hectares, o que projetava uma safra recorde caso se concretizasse a produtividade média esperada de 56 sacas por hectare. Entretanto, a estiagem verificada nos últimos meses do ano passado interferiu no desenvolvimento das plantas e provocou perdas significativas em grande parte das lavouras.
Dessa forma, a produtividade média caiu do montante estimado de 56 sacas por hectare para 38,65 sc/ha. Na região Sul, que responde por 62,4% da área total ocupada pela soja no Estado, a produtividade média foi de 27,85 sacas por hectare. A região Central apresentou produtividade média um pouco acima – 46,67 sc/ha -, porém só representa 22,4% da área total. O melhor desempenho da cultivar aconteceu na região Norte, com média de 71,15 sc/ha, sendo que representa aproximadamente 15,2% da área estadual ocupada com a cultura.
Quando comparada à safra passada (2020/2021), tem-se uma retração de 38,5% na produtividade dessa safra, passando de 62,84 sacas por hectare para 38,65 sc/ha. Já na produção a retração foi de 34,6%, passando de 13,306 milhões de toneladas para 8,692 mi/ton.
Para se ter uma ideia da dimensão dessa quebra na safra, o Estado deixou de colher um volume equivalente ao que exporta todos os anos (4 milhões de toneladas de soja).
26 de abril de 2022 /SEMAGRO /Brasil.
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