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Milho e soja: projeções para safra 2024/2025 do USDA – novembro de 2024

Em relação ao relatório de outubro, foram feitos cortes nas lavouras de milho dos Estados Unidos e da União Europeia. Da mesma forma, foram estimadas menores exportações para o Brasil e uma queda significativa nas importações de grãos da China. Em relação à soja, as projeções de produção e estoques finais em nível global foram ajustadas para baixo, isso decorreu da menor produção da oleaginosa nos Estados Unidos.

Gráfico 1. Projeção de colheita dos principais produtores mundiais de milho e soja – safra 2024/25 x ciclo 2023/24 – última atualização: 8 de novembro de 2024. Elaborado pelo Departamento de Economia e Inteligência de Mercado da 333 com dados da FAS – USDA.

Apresentamos os destaques dos últimos relatórios de estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 8 de novembro:

Milho

A produção mundial de milho para a campanha 2024/25 ficaria em torno de 1.219,4 milhões de toneladas (Mt), o que representa uma queda de 0,8% em relação ao ciclo 2023/24, cuja última estimativa consolida 1.229 Mt.

Para os Estados Unidos, a produção atingiria 384,6 Mt, caindo 1,3% em relação à safra anterior (389,7 Mt), enquanto a China aumentaria a sua colheita em 1,1%, atingindo 292,0 Mt. Por sua vez, a União Europeia diminuiria 4,3%. com 58,8 Mt, enquanto a Ucrânia, com 26,2 Mt, registraria uma queda de 19,4% em relação aos 32,5 Mt consolidados no ciclo anterior.

Para o Brasil, a produção alcançaria 127 Mt, aumentando 4,1% em relação à safra 2023/24 (122 Mt), enquanto, para a Argentina, a colheita ficaria em torno de 51 Mt, aumentando 2,0% em relação ao ciclo passado.

As exportações mundiais de milho diminuiriam 3,0% e passariam de 195,6 Mt para 189,8 Mt nesta nova safra.

Os Estados Unidos liderariam a atividade exportadora com 59,1 Mt e cresceriam 1,4% em relação à campanha anterior, seguidos por Brasil, Argentina e Ucrânia com 48, 36 e 23 Mt respectivamente.

A China reduziria a sua procura de milho importado em 31,6%, atingindo 16 Mt para esta nova safra, enquanto a União Europeia importaria 19,0 Mt, o que representaria uma diminuição de 2,6% face ao ciclo 2023/24 (19,5 Mt).

Os estoques finais reduziriam 3,2% globalmente, atingindo 304,1 Mt. Para os Estados Unidos, os estoques aumentariam 10,1%, enquanto para o Brasil e a Ucrânia diminuiriam 51,4 e 56,8%.

Soja

A produção global de soja para o ciclo 2024/25 aumentaria 7,8% em relação à safra anterior, passando de 394,7 para 425,4 Mt respectivamente.

As estimativas para as colheitas sul-americanas referem um aumento de 10,5% para o Brasil, que atingiria 169 Mt, enquanto para a Argentina estima-se um crescimento de 5,8%, atingindo 51,0 Mt.

O Paraguai aumentaria sua produção em 1,8% em relação à safra 2023/24 (11,0 Mt), consolidando uma colheita de 11,2 Mt.

Para os Estados Unidos estima-se uma colheita de 121,4 Mt, o que significaria um aumento de 7,2% em relação ao ciclo anterior (113,3 Mt).

A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 105,0 Mt, número que seria 1,3% superior ao registrado no ciclo 2023/24, enquanto os Estados Unidos alcançariam um volume de exportação de 49,7 Mt, o que indica um crescimento de 7,7% em relação à safra anterior (46,1 Mt).

Para a Argentina, as exportações estão projetadas em 4,5 Mt, valor que representa uma queda de 12,0% em relação ao ciclo anterior (5,1 Mt).

A China importaria 109 Mt, volume que ficaria 2,7% abaixo do total da safra anterior (112,0 Mt).

Os estoques finais da oleaginosa aumentariam 17,2% em todo o mundo, atingindo 131,7 Mt, o que seria sustentado por aumentos nos estoques dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.