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Milho e soja: projeções para safra 2024/2025 USDA – setembro 2024

Em relação ao relatório de setembro, foram feitos novos cortes na produção de milho na União Europeia, enquanto se projetava uma diminuição nas importações da China e uma queda nos estoques finais do grão brasileiro. Em relação à soja, estimou-se um aumento de 20% nos estoques finais em nível global dado o maior volume de estoques no Brasil e nos Estados Unidos.

Gráfico 1. Projeção de variáveis fundamentais para as culturas de milho e soja – safra 2024/25 x ciclo 2023/24 – última atualização: 12 de setembro de 2024. Elaborado pelo Departamento de Economia e Inteligência de Mercado com dados da FAS – USDA.

Apresentamos os destaques dos últimos relatórios de estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 12 de setembro:

Milho

A produção mundial de milho para a safra 2024/25 seria de cerca de 1.218,6 milhões de toneladas (Mt), o que representa uma diminuição de 0,5% em relação ao ciclo 2023/24, cuja última estimativa consolida 1.224 Mt.

Para os Estados Unidos, a produção atingiria 385,7 Mt, caindo 1,0% em relação à campanha anterior (389,7 Mt), enquanto a China aumentaria a sua colheita em 1,1%, atingindo 292,0 Mt. com 59,0 Mt, enquanto a Ucrânia, com 27,2 Mt, registraria uma queda de 16,3% em relação aos 32,5 Mt consolidados no ciclo anterior.

Para o Brasil, a produção alcançaria 127 Mt, aumentando 4,1% em relação à campanha 2023/24 (122 Mt), enquanto, para a Argentina, a colheita ficaria em torno de 51 Mt, aumentando 2,0% em relação ao ciclo passado.

As exportações mundiais de milho diminuiriam 4,2% e passariam de 199,7 Mt para 191,4 Mt nesta nova safra.

Os Estados Unidos liderariam a atividade exportadora com 58,4 Mt e cresceriam 0,4% em relação à safra anterior, seguidos por Brasil, Argentina e Ucrânia com 49, 36 e 24 Mt respectivamente.

A China reduziria a sua procura de milho importado em 10,6%, atingindo 21 Mt para esta nova safra, enquanto a União Europeia importaria 19,0 Mt, o que representaria uma diminuição de 2,6% face ao ciclo 2023/24 (19,5 Mt).

Os estoques finais reduziriam 0,4% globalmente, atingindo 308,3 Mt. Para os Estados Unidos, os estoques aumentariam 13,6%, enquanto para o Brasil e a Ucrânia diminuiriam 41,3 e 53,2%.

Soja

A produção global de soja para o ciclo 2024/25 aumentaria 8,7% em relação à campanha anterior, passando de 394,8 para 429,2 Mt respectivamente.

As estimativas para as colheitas sul-americanas referem um aumento de 10,5% para o Brasil, que atingiria 169 Mt, enquanto para a Argentina estima-se um crescimento de 6,0%, atingindo 51,0 Mt.

O Paraguai aumentaria sua produção em 1,8% em relação à campanha 2023/24 (11,0 Mt), consolidando uma colheita de 11,2 Mt.

Para os Estados Unidos estima-se uma colheita de 124,8 Mt, o que significaria um aumento de 10,1% em relação ao ciclo anterior (113,3 Mt).

A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 105,0 Mt, valor semelhante ao registrado no ciclo 2023/24, enquanto os Estados Unidos alcançariam um volume de exportação de 50,3 Mt, indicando um crescimento de 8,8% em relação à campanha anterior ( 46,3 Mt).

Para a Argentina, as exportações estão projetadas em 4,5 Mt, valor que representa uma queda de 13,5% em relação ao ciclo anterior (5,2 Mt).

A China importaria 109 Mt, volume que ficaria 2,2% abaixo do total da campanha anterior (111,5 Mt).

Os estoques finais da oleaginosa aumentariam 19,9% em todo o mundo, atingindo 134,6 Mt, o que seria sustentado por aumentos nos estoques dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.