Os destaques dos últimos relatórios de estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 11 de abril são apresentados:
Milho
- A produção mundial de milho atingiria 1.144,5 milhões de toneladas (Mt), número que significa uma queda de 6,0% em relação à safra 2021/22 (1.217,0 Mt).
- Para os Estados Unidos, a produção ficaria em torno de 348,8 Mt, caindo 8,9% em relação à temporada anterior (382,9 Mt), enquanto a China aumentaria sua safra em 1,7%, chegando a 277,2 Mt. Por sua vez, a União Européia cairia 25,8% com 53,0 Mt, enquanto a Ucrânia, com 27,0 Mt, apresentaria uma queda de 35,9%.
- Para o Brasil, foi mantida a projeção de 125 Mt, o que representa um crescimento de 7,8% em relação à temporada anterior, enquanto para a Argentina novamente foi feito um forte corte, o que colocaria a produção em apenas 37 Mt, o que representa uma queda de 25,3 % em relação ao ciclo 2021/22.
- As exportações mundiais de grãos cairiam 15,5%, passando de 205,7 Mt na safra 2021/22 para 173,8 Mt no novo ciclo. Isso seria explicado pelas quedas na União Europeia (-63,3%), Estados Unidos (-25,1%), Argentina (-27,3%) e Ucrânia (-5,5%).
- A oferta exportável da América do Sul apresentou mudanças significativas, pois aumentaria neste novo ciclo em 3,6% para o Brasil com 50 Mt, enquanto para a Argentina as exportações cairiam 27,3%, atingindo apenas 25 Mt.
- A China demandaria importações de milho por 18 Mt, o que significa uma queda de 17,7% em relação à temporada anterior (21,9 Mt), enquanto a União Europeia aumentaria suas importações a uma taxa de 23,8% com 24,5 Mt.
- Os estoques finais cairiam 3,8% em todo o mundo, fixando-se em 295,3 Mt. De fato, para Ucrânia, União Europeia, Canadá, Estados Unidos e China, os estoques cairiam 77,1%, 28,5%, 9,5%, 2,6% e 0,9%, respectivamente, enquanto para Brasil, Egito e Irã, os estoques cresceriam 83,1%, 15,4% e 13,7%, nessa ordem.
Soja
- A produção mundial de soja para a safra 2022/23 aumentaria 2,7% em relação ao ciclo anterior, passando de 359,8 para 369,6 Mt.
- As estimativas para as safras da América do Sul indicam um aumento de 18,0% para o Brasil, que chegaria a 154 Mt, enquanto para a Argentina projeta-se uma queda de 38,5%, com 27,0 Mt.
- O Paraguai aumentaria sua produção em 139,1% em relação à safra 2021/22 (4,2 Mt), atingindo uma safra de 10 Mt, que retornaria aos níveis usuais até o ciclo 2020/21.
- Neste novo relatório, mantém-se a safra de 116,4 Mt para os Estados Unidos, o que se refere a uma queda de 4,2% em relação ao ciclo 2021/22, quando naquela época foram atingidos 121,5 Mt.
- A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 92,7 Mt, crescendo 17,2% em relação ao ciclo anterior (79,1 Mt), enquanto os Estados Unidos atingiriam um volume de exportação de 54,8 Mt, número que representa uma queda de 6,6% em relação ao safra passada (58,7 Mt).
- Para a Argentina, as exportações são projetadas para 3,4 Mt, o que significaria um aumento de 18,8% em relação à safra 2021/22 (2,9 Mt).
- A China importaria 96 Mt, crescendo 4,8% em relação ao ciclo 2021/22 (91,6 Mt).
- Os estoques finais da oleaginosa aumentariam 0,6% globalmente, chegando a 100,3 Mt. Porém, para Estados Unidos, Argentina e União Europeia, seus estoques cairiam 23,4%, 24,3% e 8,7% em sua ordem, enquanto, para Brasil e China, aumentariam 18,7% e 12,4%, respectivamente.
Redação Departamento de Economia e Inteligência de Mercados 333 América Latina com dados do USDA | Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/