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Milho e soja: projeções para safra 2024/2025 USDA – agosto 2024

Em comparação com o relatório de Julho, foram feitos cortes na produção de milho na União Europeia e na Ucrânia, enquanto as estimativas melhoraram para os Estados Unidos e Argentina. Em relação à soja, as projeções globais em termos de produção, comércio internacional e estoques finais aumentaram, o que seria apoiado por aumentos na colheita e nas exportações dos EUA.

Gráfico 1. Projeção de colheita dos principais produtores mundiais de milho e soja – safra 2024/25 x ciclo 2023/24 – última atualização: 12 de agosto de 2024. Elaborado pelo Departamento de Economia e Inteligência de Mercado da 333 com dados da FAS – USDA.

Apresentamos os destaques dos últimos relatórios de estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 12 de agosto:

Milho

A produção mundial de milho para a campanha 2024/25 seria de cerca de 1.219,8 milhões de toneladas (Mt), o que representa um decréscimo de 0,3% em relação ao ciclo 2023/24, cuja última estimativa consolida 1.223 Mt.

Para os Estados Unidos, a produção atingiria 384,7 Mt, caindo 1,3% em relação à campanha anterior (389,7 Mt), enquanto a China aumentaria a sua colheita em 1,1%, atingindo 292,0 Mt. com 60,5 Mt, enquanto a Ucrânia, com 27,2 Mt, registraria uma queda de 16,3% em relação aos 32,5 Mt consolidados no ciclo anterior.

Para o Brasil, a produção alcançaria 127 Mt, aumentando 4,1% em relação à campanha 2023/24 (122 Mt), enquanto, para a Argentina, a colheita ficaria em torno de 51 Mt, aumentando 2,0% em relação ao ciclo passado.

As exportações mundiais de milho diminuiriam 4,5% e passariam de 200,6 Mt para 191,5 Mt nesta nova campanha.

Os Estados Unidos liderariam a atividade exportadora com 58,4 Mt e cresceriam 2,2% em relação à campanha anterior, seguidos por Brasil, Argentina e Ucrânia com 49, 36 e 24 Mt respectivamente.

A China não apresentaria variações na sua demanda por milho importado e permaneceria em 23 Mt para esta nova campanha, enquanto a União Europeia importaria 18,0 Mt, o que representaria uma queda de 7,7% em relação ao ciclo 2023/24 (19,5 Mt) .

Os estoques finais diminuiriam 0,5% globalmente, atingindo 310,2 Mt. Para os Estados Unidos, os estoques aumentariam 11,1%, enquanto para o Brasil e a Ucrânia diminuiriam 26,0 e 53,2%.

Soja

A produção global de soja para o ciclo 2024/25 aumentaria 8,5% em relação à campanha anterior, passando de 395,1 para 428,7 Mt respectivamente.

As estimativas para as colheitas sul-americanas referem um aumento de 10,5% para o Brasil, que atingiria 169 Mt, enquanto para a Argentina estima-se um crescimento de 4,1%, atingindo 51,0 Mt.

O Paraguai aumentaria sua produção em 1,9% em relação à campanha 2023/24 (10,5 Mt), consolidando uma safra de 10,7 Mt.

Para os Estados Unidos estima-se uma colheita de 124,9 Mt, o que significaria um aumento de 10,2% em relação ao ciclo anterior (113,3 Mt).

A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 105,0 Mt, valor semelhante ao registrado no ciclo 2023/24, enquanto os Estados Unidos alcançariam um volume de exportação de 50,3 Mt, indicando um crescimento de 8,8% em relação à campanha anterior ( 46,3 Mt).

Para a Argentina, as exportações estão projetadas em 4,5 Mt, valor que representa uma queda de 19,6% em relação ao ciclo anterior (5,6 Mt).

A China importaria 109 Mt, volume que ficaria 2,2% abaixo do total da campanha anterior (111,5 Mt).

Os estoques finais da oleaginosa aumentariam 19,5% em todo o mundo, atingindo 134,3 Mt, o que seria sustentado por aumentos nos estoques dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.