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Milho e soja: projeções para safra 2023/2024 do USDA – dezembro de 2023

Em comparação com o relatório de novembro, as estimativas para a produção e comércio mundial de milho melhoraram ligeiramente, tendo em conta o possível aumento da colheita ucraniana e o aumento das exportações dos EUA. Em relação à oleaginosa, a projeção para a colheita brasileira foi cortada em 2 milhões de toneladas, porém, a previsão mais alta para suas exportações, o que provavelmente seria sustentada pela maior demanda por soja por parte da China.

Apresentamos os destaques dos últimos relatórios de estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 8 de dezembro:

Milho

A produção mundial de milho para o novo ciclo 2023/24 atingiria 1.222,1 milhões de toneladas (Mt), valor que representa um aumento de 5,6% em relação à campanha 2022/23 (1.157,2 Mt).

Para os Estados Unidos, a produção ficaria em torno de 387,0 Mt, aumentando 11,1% em relação à temporada anterior (348,4 Mt), enquanto a China diminuiria sua colheita em 0,1%, atingindo 277,0 Mt. A União Europeia cresceria 14,7% com 60,1 Mt e a Ucrânia, com 30,5 Mt, apresentaria um aumento de 13,0%.

Para o Brasil, a produção chegaria a 129 Mt, número que representaria uma queda de 5,8% em relação à safra anterior, enquanto, para a Argentina, a colheita chegaria a 55 Mt, crescendo 61,8% em relação ao ciclo passado.

As exportações mundiais de grãos aumentariam 11,3%, passando de 181,0 Mt na safra 2022/23 para 201,5 Mt neste novo ciclo, sendo os Estados Unidos o segundo maior exportador de grãos com 53,3 Mt, o que significaria um aumento de 26,4% em comparação com a safra anterior.

A oferta exportável da América do Sul apresentaria um aumento significativo por parte da Argentina, pois aumentaria neste novo ciclo em 78,3% com 41,0 Mt, enquanto, para o Brasil, são estimados 55 Mt, o que representaria uma diminuição de 3,5. % em relação à safra anterior.

A China exigiria importações de milho por 23 Mt, o que significa um aumento de 22,9% em relação à safra anterior (18,7 Mt), enquanto a União Europeia importaria 24,5 Mt, ou seja, 5,8% a mais que no ciclo 2022/23 (23,2 Mt).

Os estoques finais aumentariam 5,0% em todo o mundo, atingindo 315,2 Mt. Na verdade, para os Estados Unidos, os estoques cresceriam 56,5%, enquanto para o Brasil e a China diminuiriam 22,4% e 2,0% respectivamente..

Soja

A produção mundial de soja para a safra 2023/24 aumentaria 6,5% em relação ao ciclo anterior, passando de 374,4 para 398,9 Mt, respectivamente.

As estimativas para as colheitas da América do Sul mostram um aumento de 0,6% para o Brasil, que atingiria 161 Mt, enquanto para a Argentina é projetado um aumento de 92,0% com 48,0 Mt.

O Paraguai aumentaria sua produção em 10,5% em relação à safra 2022/23 (9,1 Mt), atingindo uma colheita de 10 Mt, o que retornaria aos níveis habituais até o ciclo 2020/21.

Neste novo relatório, estima-se uma colheita de 112,4 Mt para os Estados Unidos, o que se refere a uma queda de 3,3% em relação ao ciclo 2022/23, quando foram atingidos 116,2 Mt naquele momento.

A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 99,5 Mt, crescendo 4,2% em relação ao ciclo anterior (95,5 Mt), enquanto os Estados Unidos alcançariam um volume de exportação de 47,8 Mt, número que representa uma queda de 11,9% em relação a última colheita (54,2 Mt).

Para a Argentina, as exportações estão projetadas em 4,6 Mt, o que significaria um aumento de 9,9% em relação à campanha 2022/23 (4,2 Mt).

A China importaria 102 Mt, volume 1,1% superior ao da safra anterior.

Os estoques finais da oleaginosa aumentariam 12,1% globalmente, atingindo 114,2 Mt e seriam apoiados por aumentos nos estoques na Argentina e no Brasil.