Os resultados acumulados do primeiro bimestre do ano mostram o crescimento da produção nacional e do consumo interno. Por outro lado, o saldo do comércio internacional mostra queda nas exportações e aumento nas importações, esta última apesar do aumento significativo dos preços do produto importado.
- Ao final do primeiro bimestre de 2023, a produção de carne suína consolidou 282.031 toneladas (t), o que se refere a um aumento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022.
- O volume de exportações de carne suína acumulado no primeiro bimestre do ano recuou 14,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 36.001 para 30.897 t.
- O valor das exportações atingiu MUSD 123,9, diminuindo apenas 12,8% face ao período homólogo de 2022 graças ao aumento de 1,6% do seu preço implícito, que se situou em USD 4.012/t.
- As importações atingiram 249.845 t no período em análise, valor que significa um acréscimo de 3,6% face ao período homólogo de 2022 (241.276 t) e que foi representado em MUSD 481,6.
- O preço implícito do produto importado registou uma média de USD 1.928/t, o que se refere a um aumento de 34,7% face à média registada nos dois primeiros meses de 2022 (USD 1.431/t).
- O consumo aparente aumentou 4,2% no primeiro bimestre, passando de 481.016 para 500.979 t. Nesse sentido, a participação da produção nacional no consumo passou de 49,8 para 50,1%.
A situação do setor suíno mexicano neste primeiro bimestre foi marcada por uma oferta abundante tanto da produção nacional quanto de produto importado, o que acentuou a queda dos preços ao produtor em um momento em que o consumo costuma diminuir, e ainda mais, levando em consideração tendo em conta o aumento gradual dos preços no consumidor registado nos últimos meses.
Por outro lado, os resultados do comércio internacional de carne suína refletiram a ausência de embarques para a China e os baixos níveis colocados nos Estados Unidos, o que explicaria, em parte, a queda nas exportações. Por outro lado, graças à forte demanda da indústria de processados, o volume das importações continuou crescendo, apesar do aumento dos preços internacionais.
De acordo com um comunicado da Organização Mexicana de Produtores de Carne Suína (OPORMEX), os produtores estão mergulhados em uma profunda crise que os mantém à beira da falência e coloca o México diante da possibilidade de perder sua soberania alimentar, dependendo em carne de outras fontes.
Eles destacam que a importação de carne suína de outras nações que produzem em condições de dumping (abaixo do custo de produção do país de origem) não está sendo a solução para reduzir a inflação da cesta básica; trazendo grandes lucros para algumas empresas que subjugaram os produtores mexicanos impondo preços subsidiados por outros governos.
Redação Departamento de Economia e Inteligência de Mercado 333 América Latina com dados do Agricultural Market Consulting Group (GCMA) | México. https://gcma.com.mx/ e Opormex 2023.