Apesar da reação dos valores pagos pelo suíno vivo (posto na indústria) e pela carne na segunda quinzena de junho, as médias mensais dos preços do animal e da proteína ficaram abaixo das registradas em maio; no comparativo anual, as variações (em termos reais) seguiram direções opostas nas praças acompanhadas pelo Cepea.
Preços e exportações: Depois de recuarem em maio, as exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) voltaram a subir em junho, alcançando, inclusive, o maior volume escoado na parcial deste ano. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de maio para junho, o Brasil embarcou 107 mil toneladas de carne suína, volume 6,3% maior que o exportado em maio e ainda 16,3% acima do escoado em junho de 2022.
Relação de troca e insumos: Apesar das desvalorizações do milho e do farelo de soja de maio para junho, o poder de compra do suinocultor paulista caiu frente a esses importantes insumos da atividade no último mês. Isso porque as quedas nos preços do animal vivo foram ainda mais acentuadas no período.
Carnes concorrentes: Em junho, os valores médios das carnes suína, de frango e bovina, todas comercializadas no atacado da Grande São Paulo, registraram quedas frente aos do mês anterior. Porém, a desvalorização da proteína bovina foi mais intensa. Diante disso, a competitividade da proteína suinícola caiu frente à carne bovina, mas subiu em relação à avícola.
12 de julho de 2023 /CEPEA /Brasil.
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