Embora a China esteja investindo na recuperação de seu rebanho de suínos, ainda haverá muito espaço para carnes importadas no país nos próximos anos. Essa janela, contudo, tende a se estreitar a partir de meados desta década. Assim, para não perderem o grande mercado que conquistaram, os frigoríficos brasileiros terão que adotar novas estratégias comerciais, de preferência com presença local mais agressiva.
Essa é a principal conclusão de um estudo que sugere que essas novas estratégias incluam investimentos na qualidade dos produtos, cuidados com a adequação das cadeias de valor às crescentes exigências sanitárias e ambientais e parcerias com players chineses. A corrida já começou, e concorrentes de outros exportadores, como os Estados Unidos, prometem endurecer a disputa.
Se já era importante, a China firmou-se como o principal destino para as exportações de carnes do Brasil a partir de 2018, quando a peste suína africana começou a dizimar o plantel chinês de porcos, o maior do mundo.
A Roland Berger prevê que o consumo chinês de carnes crescerá 2,2% ao ano até 2025. Com a China como âncora, a consultoria projeta que os embarques brasileiros de carnes ainda crescerão 0,7% ao ano na próxima década,
31 de março de 2021/ ACCS/ Brasil.
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