A pesquisa da Wageningen University & Research encomendada pela Coalition Vitale Varkenshouderij (CoViVa) examina a questão de como a produção de suínos com cauda intacta (ou seja, sem corte) pode ser possível, a partir da perspectiva da abordagem da cadeia. Os resultados são baseados em cálculos de modelos, usando literatura e entrevistas para as suposições.
Para interromper a amputação da cauda e minimizar o risco de caudofagia, os suinocultores precisam fazer ajustes em várias áreas. Por exemplo, ajustando a baia, clima da baia e alimentação. Os custos adicionais da produção de suínos com caudas não cortadas variam entre os 9€ (R$ 48) e os 26€ (R$ 140) por suíno entregue. No entanto, os custos podem variar muito de granja para granja.
Mesmo em condições favoráveis, a caudofagia ocorre. Presume-se que 5-15% dos suínos entregues sofrerão danos em suas caudas e não se qualificarão para uma possível compensação do comprador. Isso poderia ser pago por suínos cujas caudas estão intactas. Portanto, a produção de suínos cujas caudas estejam em boas condições deve cobrir o custo adicional de todos os animais entregues. Para que a produção de um suíno com cauda intacta continue rentável, o comprador de um animal tem de começar a pagar 10 a 31 euros (R$ 53 a R$166) a mais por um suíno com cauda em bom estado. Espera-se que uma grande proporção de granjas enfrente custos no limite superior dessa faixa; portanto, recomenda-se uma taxa obrigatória entre 17 e 31 euros (R$ 91 e R$ 166) por suíno com cauda em bom estado.
Soma-se a isso o fato de que os suinocultores precisarão de vários anos para aprender a lidar com suínos com a cauda inteira. Isso é evidenciado por experiências no país e no exterior. A compensação por suíno nos primeiros anos deve, portanto, ser mais 3 euros (R$ 16) superior à compensação declarada de 10-31 euros por animal entregue.
20 de junho de 2023/ Wageningen University & Research/ Netherlands.
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