Mercado em novembro
O mercado independente de suíno teve dois momentos distintos em novembro. Na primeira quinzena do mês, os preços do animal vivo seguiram em movimento de alta na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea, influenciados pela oferta reduzida de suínos em peso ideal para abate e pela forte demanda da indústria, principalmente por conta das aquecidas exportações de carne suína.
Preços e exportações
As exportações de carne suína seguiram em ritmo intenso em novembro, principalmente no início do mês. Apesar de leve queda no volume frente a outubro, os embarques ainda foram os maiores para um mês de novembro, considerando-se a série completa da Secex, compilada pelo Cepea, iniciada em 1997. De acordo com a Secretaria, em novembro, foram embarcadas 86,4 mil toneladas de carne suína, leve recuo de 1,3% frente a outubro, mas 31,4% acima da quantidade de novembro de 2019.
Relação de troca e insumos
A forte alta nos preços dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, e a desvalorização do animal vivo na segunda quinzena de novembro fizeram o poder de compra do suinocultor cair no mês frente ao verificado em outubro, ficando também abaixo também da média observada em novembro de 2019.
Carnes concorrentes
Em novembro, a diferença entre o preço da carcaça especial suína e o do frango inteiro resfriado renovou a máxima real da série histórica do Cepea (deflacionada pelo IPCA de novembro/20), indicando a menor competitividade da proteína suína frente à concorrente.
09 de dezembro de 2020 / CEPEA / ESALQ / BRASIL.
https://cepea.esalq.usp.br/