A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou entrevista coletiva para divulgar o balanço de 2020 e as perspectivas para o agro em 2021. Este foi um dos destaques do boletim semanal da CNA, referente ao período de 30 de novembro a 4 de dezembro.
A Confederação também divulgou estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio, que deve crescer 3% em 2021 (R$ 1,8 trilhão) e para o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), cuja projeção é de alta de 4,2%, superando RF$ 903 bilhões. Para 2020, a previsão para o PIB do agro é um crescimento de 9%, enquanto o VBP deve ter elevação de 17,4%.
A CNA destacou que a pandemia do Covid-19 sustenta a incerteza sobre o cenário para 2021. A expectativa é que o próximo ano seja de retomada do crescimento econômico, de geração de emprego e de volta à normalidade no convívio social. No cenário externo, as perspectivas são de retomada do crescimento no comércio mundial em médio prazo.
O plantio da soja já está sendo finalizado em praticamente todos os estados. De acordo com o levantamento da CONAB, resta menos de 10% área a ser plantada. A retomada das chuvas no Sul do Brasil favoreceu a evolução do plantio e o desenvolvimento vegetativo das lavouras já semeadas.
Quanto às exportações, a baixa oferta doméstica na entressafra limita os embarques. Segundo o relatório do Ministério da Economia, o Brasil exportou 1,47 milhão de toneladas de soja em novembro.
Para o milho 1ª safra, foram registradas chuvas na última semana nos estados da Região Sul do Brasil, o que reduziu o estresse hídrico das lavouras. As exportações de milho em novembro somaram 4,9 milhões de toneladas, volume recorde para o mês.
Na suinocultura, apesar de as exportações se manterem em alta, a menor demanda interna pela carne suína tem feito com que os frigoríficos aumentem a escala de abate, pressionado os valores das bolsas estaduais. O estado de Santa Catarina seguiu essa semana com estabilidade de preços em relação à semana anterior. No entanto, as bolsas fecharam em queda em São Paulo (-3,3%), Minas Gerais (-10,5%), Paraná (-2,6%) e Rio Grande do Sul (-6,4%).
05 de dezembro de 2020 / CNA / BRASIL.
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