Milho
Globalmente, o USDA estima que a produção de milho chegará a 1.210,5 milhões de toneladas (mt) para a campanha 2021/22, número 7,5% superior em relação ao período 2020/21 (1.125,9 mt). Esse aumento é explicado pelas maiores safras no Brasil, União Europeia, Indonésia e Paquistão. Por outro lado, temos que o comércio mundial diminuiu, principalmente devido às menores exportações da Sérvia e Ucrânia, mas isso é parcialmente compensado pelo aumento da atividade exportadora do Brasil, Canadá e Índia. Da mesma forma, as importações globais diminuíram devido à diminuição da demanda da China.
Para os Estados Unidos, a produção permanece em torno de 383,9 mt, com crescimento de 7,1% em relação à safra anterior (358,4 t). Por outro lado, a China aumentará sua oferta doméstica em 4,6%, atingindo 272,6 mt. Em seguida, temos o Brasil, cujo volume de produção atingirá116 mt, aumentando assim 33,3% em relação à campanha 2020/21 (87 mt). Da mesma forma, estão as produções da União Europeia e Argentina, com volumes de 70,5 e 53 mt, que representam aumentos de 5 e 1,9% em relação à safra anterior, respectivamente.
Em relação ao comércio internacional, estima-se que as exportações mundiais de grãos aumentarão 8,2%, passando de 182,1 mt na campanha 2020/21 para 197 mt no ciclo atual. Isso seria devido ao aumento nos volumes de exportação do Brasil (44,5 mt +111,7%) e da União Europeia (4,9 mt +31,2%), o que estaria compensando a queda esperada para os Estados Unidos, que reduziria seus embarques para o exterior. em 9,2%, passando de 69,9 para 63,5 mt, respectivamente.
Por fim, a China apresentará um decréscimo de 22,1% nas importações de milho, 23 mt, e seriam compensadas pelo aumento de sua produção interna (272,6 mt +4,6%).
Soja
A produção mundial de soja diminuiria 4,6% em relação à campanha 2020/21, passando de 367,8 para 350,7 mt. Essa redução ocorre em decorrência da estiagem nas regiões produtoras da América do Sul, situação que afetou muito a produtividade das lavouras. Da mesma forma, o comércio mundial também diminuirá, devido às menores exportações de soja do Paraguai, Rússia e Ucrânia.
Os Estados Unidos continuarão a se destacar como o país com maior crescimento em volume entre os principais produtores (+5,2%), passando de 114,7 para 120,7 mt. Por outro lado, para as safras do Brasil e da Argentina, novamente foram feitos fortes cortes na estimativa de suas produções, pois estas diminuirão 10,4 e 5,8% em relação ao ciclo anterior, respectivamente, com volumes que ficariam em torno de 125 e 43,5 mt.
A atividade exportadora continuará sendo liderada pelo Brasil com 82,8 mt, crescendo apenas 1,3% em relação à campanha anterior, enquanto os Estados Unidos atingirão um volume de exportação de 57,6 mt, uma queda de 6,4% em relação à safra passada. A China continuará sendo o principal importador mundial da oleaginosa com 91 mt.
Redação Departamento de Análise Econômica da 333 América Latina com dados de: USDA. Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/