Milho
De acordo com as estimativas atualizadas para a nova safra de milho 2022/23 divulgadas pelo USDA em 10 de junho, a produção de grãos atingiria 1.185,8 milhões de toneladas (Mt), valor 2,5% inferior em relação ao ciclo 2021/22 (1.216,1 Mt ). Isso se deve à queda em alguns dos principais países produtores, como Estados Unidos, China, Índia, Ucrânia e União Europeia.
Gráfico 1. Projeções de produção de milho
De fato, para os Estados Unidos, a produção ficaria em torno de 367,3 Mt, diminuindo 4,3% em relação à safra anterior (383,9 Mt). Da mesma forma, para a China espera-se uma redução de 0,6% com um volume de produção que atingiria 271 Mt. Em seguida, temos o Brasil, cuja produção atingiria 126 Mt, aumentando assim 8,6% em relação à campanha 2021/22 (116 Mt ). Por fim, estão as produções da União Europeia e Argentina, com volumes de 68,3 e 55 Mt, que representam variações de -3,2% e 3,8% em relação à campanha anterior, respectivamente. Vale ressaltar que, para a Ucrânia, projeta-se uma queda de 40,7% em seu volume de produção, passando de 42,1 Mt para 25 Mt neste novo ciclo, enquanto para a Rússia é esperado um volume de 15,5 Mt e um crescimento de 1,8%.
Em relação ao comércio internacional, estima-se que as exportações mundiais de grãos diminuam 7,1%, passando de 196,7 Mt na campanha 2021/22 para 182,7 Mt no novo ciclo. Isso se deve, em grande parte, à queda significativa nas exportações da Ucrânia (-60,9%), Estados Unidos (-4%) e União Europeia (-14,5), o que estaria em linha com a queda de suas produções. No entanto, a oferta exportável da América do Sul aumentaria 5,6% no Brasil com 47 Mt e 5,1% na Argentina com 41 Mt. Por outro lado, a China demandaria importações de milho de 18 Mt, o que significa uma queda de 21,7%, apesar da redução de sua produção interna, enquanto México, Vietnã e Irã aumentariam suas importações, atingindo níveis que seriam em torno de 17,7, 11,5 e 9,5 Mt, respectivamente.
Soja
A atualização da produção mundial de soja para este novo ciclo indica que ela aumentaria 12,3% em relação à campanha 2021/22, passando de 352 para 395,4 Mt respectivamente, o que mantém a tendência de concentração e expansão principalmente nos países exportadores. De fato, a safra brasileira chegaria a 149 Mt, valor que representa um aumento de 18,3% em relação ao ciclo anterior (126 Mt). Por outro lado, temos que a safra dos EUA cresceria 4,6%, passando de 120,7 para 126,3 Mt, enquanto para a Argentina se espera um crescimento de 17,5%, atingindo assim um recorde de produção de 51 Mt.
A atividade exportadora continuaria sendo liderada pelo Brasil com 88,5 Mt, crescendo 7,6% em relação à campanha anterior (82,3 Mt), enquanto os Estados Unidos atingiriam um volume de exportação de 59,9 Mt, o que significa um aumento de 1,4% em relação ao safra passada (59,1 Mt). É importante citar os casos do Paraguai e da Argentina, cujas exportações cresceriam 124% e 70,9% neste novo ciclo com volumes recordes que chegariam a 6,5 e 4,7 Mt respectivamente. A China continuaria sendo o principal importador da oleaginosa com 99 Mt e um crescimento de 7,6% em relação à safra 2021/22 (92 Mt), seguida pela União Europeia com 15 Mt.
Redação Departamento de Análise Econômica de 333 América Latina com dados da USDA | Estados Unidos.https://apps.fas.usda.gov/