Milho
De acordo com as estimativas mais recentes apresentadas pelo USDA em 12 de julho, a produção mundial de grãos atingiria 1.185,9 milhões de toneladas (Mt) nesta nova campanha, valor que acaba sendo 2,6% menor em relação ao ciclo 2021/22 (1.217,9 Mt). Isso seria explicado pela queda na produção em alguns dos principais países produtores, como Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Ucrânia.
Precisamente, para os Estados Unidos, a produção ficaria em torno de 368,4 Mt, diminuindo 4,0% em relação à safra anterior (383,9 Mt). Da mesma forma, para a China espera-se uma redução de 0,6% com um volume de produção que chegaria a 271 Mt. Em seguida, temos o Brasil, cuja produção atingiria 126 Mt, aumentando assim 8,6% em relação à campanha 2021/22 (116 Mt ). Por fim, estão as produções da União Europeia e Argentina, com volumes de 68 e 55 Mt, que representam variações de -3,5% e 3,8% em relação à campanha anterior, respectivamente. Vale ressaltar que, para a Ucrânia, projeta-se uma queda de 40,7% em seu volume de produção, passando de 42,1 para 25 Mt neste novo ciclo, enquanto para a Rússia é esperado um volume de 14,5 Mt, o que representa um decréscimo de 4,8% .
Em relação ao comércio internacional, estima-se que as exportações mundiais de grãos diminuam 8,4%, passando de 199,2 Mt na campanha 2021/22 para 182,6 Mt no novo ciclo. Isso se deve, em grande parte, à queda nas exportações da Ucrânia (-62,5%), União Europeia (-16,1%) e Estados Unidos (-2%), o que estaria em linha com a queda de suas produções. No entanto, a oferta exportável da América do Sul aumentaria 5,6% no Brasil com 47 Mt e 5,1% na Argentina com 41 Mt. Por outro lado, a China demandaria importações de milho por 18 Mt, o que significa uma queda de 21,7% apesar da redução em sua produção doméstica, enquanto Vietnã e Irã aumentariam suas importações em 25% e 11,8% respectivamente.
Soja
A produção mundial de soja para este novo ciclo aumentaria 11% em relação à campanha 2021/22, passando de 352,7 para 391,4 Mt respectivamente, o que reafirma sua tendência de concentração e expansão ano após ano nos países exportadores. De fato, a safra brasileira, que atualmente é a mais importante, chegaria a 149 Mt, valor que representa um aumento de 18,3% em relação ao ciclo anterior (126 Mt). Por outro lado, temos que a safra dos EUA cresceria 1,6%, passando de 120,7 para 122,6 Mt, enquanto para a Argentina se espera um crescimento de 15,9%, atingindo assim um recorde de produção de 51 Mt.
A atividade exportadora continuaria a ser liderada pelo Brasil com 89 Mt, crescendo 9,9% em relação à campanha anterior (81 Mt), enquanto os Estados Unidos atingiriam um volume de exportação de 58,1 Mt, o que significa um decréscimo de 1,6%. à safra passada (59,1 Mt). A China continuaria sendo o principal importador mundial da oleaginosa com 98 Mt e um crescimento de 8,9% em relação ao ciclo 2021/22.
Redação Departamento de Economia e Inteligência de Mercados 333 América Latina com dados: USDA. Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/