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Atualidade no setor suíno equatoriano: autossuficiência e expansão

A suinocultura no Equador apresentou um crescimento notável nos últimos anos, em parte graças à modernização que melhorou seus índices de eficiência. Actualmente, a indústria suína não só satisfaz quase a totalidade da procura interna de carne de porco, como também se projecta para a expansão nos mercados internacionais, com perspectivas muito promissoras para o futuro.

5 Fevereiro 2025
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Gráfico 1: Produção de carne suína no Equador, últimos 15 anos (ano projetado para 2024). Elaborado pelo Departamento de Economia e Sustentabilidade da 333 América Latina com dados da ASPE.
Gráfico 1: Produção de carne suína no Equador, últimos 15 anos (ano projetado para 2024). Elaborado pelo Departamento de Economia e Sustentabilidade da 333 América Latina com dados da ASPE.

O setor suíno do Equador destaca-se como um dos pilares fundamentais do setor agrícola do país. De fato, estima-se que, atualmente, representa 8% do PIB desse mesmo setor, gerando vendas de aproximadamente 600 milhões de dólares por ano e cerca de 180.000 empregos diretos.

Isto se deve ao significativo crescimento registrado nos últimos 15 anos, em que a produção passou de 95 mil toneladas (t) em 2010 para mais de 222 mil em 2024, o que em termos relativos significaria um aumento de 134%, com uma taxa média interanual de 6,3%. Precisamente, no último ano, estima-se que a produção de carne suína no Equador tenha crescido cerca de 5%, face às 213 mil toneladas consolidadas em 2023, com um lucro de carne suína próximo de 2,76 milhões de cabeças.

Atualmente, um plantel total de suínos está estimado em cerca de 2.800.000 cabeças, incluindo 129.000 fêmeas reprodutoras, das quais 79.000 corresponderiam a fêmeas de subsistência e 50.000 a fêmeas comerciais, ou seja, um índice de tecnifização de 39%.

Por outro lado, existem 166 mil produtores de carne suína, dos quais 94% são pequenos produtores. As 5 principais empresas de suinocultura do Equador concentram quase 40% do número de criadores técnicos do país, sendo a Pronaca a maior empresa, com 12.000 fêmeas.

No que diz respeito à eficiência do setor, e de acordo com os últimos números publicados pela Agriness, o Equador se destaca pelos seus indicadores produtivos, com uma taxa de partos de 84,14%, uma média de 14,06 partos totais, 2,34 partos/fêmea/ano e uma média de 27,94 desmames de fêmeas por ano, resultados que o colocam no mesmo nível de outros países da região como Colômbia, Argentina e Paraguai.

O Equador é um país que se destaca pela autossuficiência para suprir a demanda interna de carne suína; Com efeito, na última década, o volume de importações diminuiu quase 70%, fazendo com que, actualmente, o consumo aparente, que ronda as 230 mil toneladas, seja composto em 97% pela produção nacional e apenas 3% por importações. Paralelamente ao aumento da produção, o consumo per capita de carne suína também tem seguido uma trajetória de crescimento, atingindo 12 kg/habitante/ano em 2024.

Segundo dados da Associação de Produtores de Alimentos Equilibrados do Equador (Aprobal), em 2024 foram produzidas no país 1.186.654 t de ração para suínos, número que representa um crescimento de 3,3% em relação ao alcançado em 2023 (1.148.897 t). É importante mencionar que, em 2024, foram consumidas cerca de 600 mil toneladas de milho nacional para a fabricação de alimentos, uma vez que o governo central prioriza a produção e participação do grão nacional e é exercido um controle rigoroso sobre as importações. A principal produtora de ração para suínos é a Pronaca, que participa com aproximadamente 30% do total nacional (366 mil t). Outras importantes empresas produtoras são Molinos Champion, Alimentsa S.A., Balanceados Nova S.A. (Balnova) (Adilisa).

No curto e médio prazo, existem perspectivas muito boas para a indústria suína do Equador. Até 2030, a produção de carne suína deverá rondar as 280.000 t, o que significaria um crescimento de aproximadamente 25% face a 2024, o que seria acompanhado por um aumento significativo do consumo interno. Da mesma forma, com as recentes incursões da carne suína nos mercados da Costa do Marfim em 2023 e do Vietname em 2024, foram dados os primeiros passos para exportar carne suína, com a visão de expansão para novos mercados no futuro.

Redação Departamento de Economia e Sustentabilidade da 333 América Latina | Fontes: Asociación de Porcicultores del Ecuador (ASPE) | https://aspe.org.ec/ | AGRINESS | https://agriness.com/es/porcinos | Asociación de Productores de Alimentos Balanceados de Ecuador (APROBAL) | https://aprobal.com/

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