Após a detecção de triquinelose em uma granja familiar na cidade de Junín, em Buenos Aires, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (SENASA) publicou algumas recomendações a serem consideradas no melhoramento de suínos, na produção de produtos de origem suína e na caça de animais selvagens e, assim, impedir a propagação da doença.
- As pessoas que fazem salsichas com carne crua de suínos ou animais selvagens devem verificar previamente se essa matéria-prima é adequada para consumo humano. Para isso, eles devem enviar uma amostra de carne de cada animal para serem analisados em laboratório usando o teste de digestão artificial, que é a técnica reconhecida e eficaz para detectar larvas dos parasitas Trichinella spp;
- Os fabricantes de alimentos devem lembrar que a salga e o fumo não matam o parasita, nem o cozimento no microondas ou o congelamento, portanto esses produtos devem sempre ser preparados com carne negativa para o teste de diagnóstico;
- A amostra muscular para diagnóstico em suínos deve ser removida do diafragma. Além disso, em animais silvestres, será obtido a partir do músculo diafragma, membro torácico, língua ou masseter. Em todos os casos, deve pesar cerca de 40g. Em seguida, a amostra deve ser refrigerada até ser enviada ao laboratório (nunca deve ser congelada);
- Em nenhum caso esses produtos devem ser consumidos ou comercializados até confirmar que o diagnóstico foi negativo para triquinelose. Se a amostra for positiva, o laboratório notificará o SENASA por se tratar de uma doença notificável, que, uma vez informada, tomará as medidas necessárias para impedir que a doença seja transmitida às pessoas;
- A ocorrência desta doença em animais é favorecida pela criação de suínos em condições higiênico-sanitárias que apresentam risco, como a presença de roedores e/ou acesso a aterros sanitários. As medidas preventivas consistem principalmente em manter a higiene durante a criação de suínos e realizar um teste de diagnóstico após o abate e antes da preparação e consumo de carnes curadas.
Para mais informações, os interessados podem se comunicar por e-mail: coorzoonosis@senasa.gob.ar.
03 de junho de 2020 / Redação 333 a partir de dados do SENASA.