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Agropecuária catarinense tem preços em alta e apreensão com estiagem

O preço médio pago pelo suíno vivo em Santa Catarina em setembro foi 4,9% maior na comparação com agosto. Em relação a outubro de 2019, a elevação é de 44,3%. A forte demanda internacional, principalmente por parte da China, justifica a alta.

23 Outubro 2020
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Os bons preços pagos ao produtor rural são os destaques do Boletim Agropecuário de outubro. Por outro lado, os analistas alertam para os riscos que o atual cenário de falta de chuvas impõe às safras. O Boletim Agropecuário é emitido mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) e reúne as informações conjunturais de alguns dos principais produtos agropecuários de Santa Catarina.

Os preços do milho seguem em movimento de forte elevação. Em setembro, o preço médio mensal pago ao produtor em Santa Catarina foi de R$53,73 a saca de 60kg, 6,8% superior ao de agosto e 34,3% superior ao de setembro de 2019. Em 14 de outubro registrou-se valor de R$61,00 a saca, o que estabelece indicativo de alta no mês. As exportações e a alta demanda interna explicam os preços elevados. Se persistir o quadro de poucas chuvas no Oeste do Estado, há risco para o potencial produtivo das lavouras.

Na soja, os preços pagos ao produtor bateram recordes nominais da série avaliada pela Epagri/Cepa, com aumento de 9,2% entre agosto e setembro. Nos últimos doze meses, a alta foi de 40,79%. Os preços estão sendo impulsionados pela valorização externa e firmes demandas internas. As chuvas irregulares em setembro e início de outubro estão provocando atraso no plantio em algumas regiões do Estado. Em outubro, se inicia o calendário mais recomendado para o plantio na maioria das regiões catarinenses. A persistência dos níveis insuficiente de chuvas poderá afetar a germinação e início do desenvolvimento das plantas, fase importante para a cultura.

O trigo é outro grão cujos preços permanecem em alta em Santa Catarina. Com a colheita iniciada no Estado, a saca de 60kg do cereal apresentou valorização de 5,12%, com média mensal de setembro em R$60,20 contra R$57,27 do mês anterior. O baixo volume de chuvas observado em setembro em muitas regiões produtoras catarinenses pode afetar a qualidade do produto colhido.

O preço médio pago pelo suíno vivo em Santa Catarina em setembro foi 4,9% maior na comparação com agosto. Em relação a outubro de 2019, a elevação é de 44,3%. A forte demanda internacional, principalmente por parte da China, justifica a alta. Em setembro, Santa Catarina exportou 43,11 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos), queda de 15,1% em relação ao mês anterior, mas alta de 16,2% na comparação com setembro de 2019. As receitas foram de US$ 97,12 milhões, queda de 11,2% em relação ao mês anterior e alta de 19% na comparação com setembro de 2019. De janeiro a setembro, o Estado exportou 389,11 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$ 855,70 milhões, altas de 26,2% e 37,4%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2019. Santa Catarina foi responsável por 51,4% das receitas e 51,6% da quantidade de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

22 de outubro de 2020 / Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de SC / Brasil.
www.agricultura.sc.gov.br

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