O EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PROBIÓTICOS NAS FÊMEAS E SUA LEITEGADA

O EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PROBIÓTICOS NAS FÊMEAS E SUA LEITEGADA

A saúde intestinal animal é considerada multifatorial, complexa e dependente de vários fatores intrínsecos ou extrínsecos ao animal. O trato digestivo dos seres vivos possui uma série de microrganismos, tanto aqueles considerados benéficos ao hospedeiro, quanto aqueles prejudiciais, mantendo-se de relações simbióticas ou antagônicas. É desejável um ecossistema microbiano bem estruturado e diverso, que irá contribuir para seu desenvolvimento geral e necessidades metabólicas do animal. Destaca-se a realização de dois processos importantes, sendo o Quorum Sensing, o qual as bactérias usam para se comunicarem entre si e sentir suas densidades populacionais para formar biofilme ou para ativar genes de virulência. Ou seja, quando estressado, o animal, produzirá catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) secretadas na corrente sanguínea e no lúmen intestinal, assim as bactérias entendendo o sinal do hospedeiro estressado, ativam a formação de biofilmes ou genes de virulência. Entrando em ação o processo Quorum Quenching, o qual as bactérias vão interromper o Quorum Sensing e, portanto, sendo uma porta de oportunidades para o desenvolvimento de tecnologias. Como exemplo os probióticos, que são microorganismos vivos os quais possuem efeitos benéficos ao hospedeiro. De acordo com estudo desenvolvido por Gómez et al. (2016); Bayoumi e Griffiths (2010), a produção de moléculas bioativas por probióticos podem reprimir genes de virulência em E. coli e Salmonella. Além dos efeitos fisiológicos, já foi observado que a utilização dessa tecnologia melhora índices zootécnicos como a conversão alimentar e também de aspectos da carcaça como o peso e também do seu aproveitamento, fazendo assim que os produtores tenham um maior retorno sobre o investimento na utilização dos probióticos (Crespo-Piazuelo et al. 2021).