Uso de fitogênicos na alimentação de suínos

Desde a antiguidade, o uso de extratos das plantas na medicina vem sendo utilizado. Os primeiros relatos de experimentos em laboratórios com óleos vegetais para definir suas propriedades datam de 1900. A evolução trouxe tecnologias e a capacidade de caracterizar os princípios ativos desses compostos (Costa et al. 2007), o que facilitou o seu uso e tornou possível servir de aplicação em várias áreas da medicina. Um componente de destaque dos aditivos fitogênicos são os óleos essenciais (OE), que são extratos oleosos de partes das plantas, como folhas, brotos, sementes, cascas, frutas e raízes, que tem como principal característica a volatilidade e mostram ter atividade contra muitas variações de bactérias (BAGAMBOULA et al. 2003). Na suinocultura, os fitogênicos têm sido aplicados como uma alternativa em substituição aos antimicrobianos. Por muitos anos utilizou-se antimicrobianos como promotores de crescimento na alimentação de suínos, principalmente na fase de creche e crescimento, a fim de controlar a incidência de diarreias e melhorar o desempenho dos animais (HERNÁNDEZ et al. 2004). Os óleos essenciais de condimentos podem ter muitos componentes, sendo os compostos fenólicos os principais responsáveis pelas propriedades antimicrobianas. Os compostos fenólicos são hidrofóbicos e o seu sítio de ação é a membrana celular da célula microbiana. Esses compostos se acumulam na bicamada lipídica causando desarranjo na função e na estrutura da membrana e penetram a célula bacteriana, exercendo atividade inibitória no citoplasma celular, provocando lise e liberação do ATP intracelular (SILVA et al., 2003). Os fitogênicos são importantes ferramentas aliadas à nutrição dentro do sistema de produção de suínos, pois reduzem a carga patogênica no trato gastrointestinal e ao mesmo tempo estimula a microbiota benéfica atuando sobre a função digestiva e sistema imunológico.