"Priorize seus animais - e eles lhe retribuirão"

Conheça Normand Gagne, gerente de produção da duBreton, uma empresa familiar cujas raízes remontam a 1944. A duBreton obteve resultados fantásticos com os suínos Hypor e, ao mesmo tempo, manteve as necessidades de sua empresa como produtora orgânica e com elevados padrões de bem-estar animal, certificada. Essa colaboração entre a duBreton e a Hypor ressalta um compromisso compartilhado com a excelência e a alta qualidade.

Pode nos contar um pouco sobre sua função na duBreton e sobre a história da empresa?

Meu nome é Normand Gagne e sou o gerente de produção da duBreton em Quebec, Canadá. É uma empresa familiar que começou em 1944 com Napoléon Breton. Hoje, seu neto, Vincent Breton, é o chefe de operações, e a próxima geração está começando a se envolver também. A empresa evoluiu ao longo do tempo, mas agora nos especializamos no processamento de carne suína com foco na produção orgânica certificada e com elevados padrões de bem-estar animal. Atualmente, gerenciamos cerca de 80 granjas de terminação.

A duBreton fez a transição da produção convencional para a produção orgânica e bem-estar animal certificado. Você pode falar mais sobre essa mudança e as certificações que possui?

De fato, fizemos a transição da produção convencional para a produção orgânica e altos padrões de bem-estar animal, tudo certificado, sob a liderança de Vincent. Nosso foco é o bem-estar animal, e temos várias certificações que refletem nosso compromisso com isso. Não produzimos mais carne suína convencional e, em vez disso, oferecemos uma ampla variedade de produtos de carne suína de nicho. Utilizamos uma baia de parto em que as matrizes ficam livres para se levantar e se virar, e não usamos antibióticos. Os leitões são desmamados com 35 dias e não praticamos o corte da cauda ou dos dentes.

Com relação à certificação da Proposição 12, que conselho você daria aos criadores que pretendem fazer a transição para um sistema de alojamento de matrizes em grupo?

Quando começamos a fazer essa mudança, tínhamos os mesmos receios que qualquer outra pessoa. Tínhamos medo de não conseguir alimentar nossas fêmeas adequadamente ou de ter problemas com agressividade. Mas, olhando para o bem-estar de nossos animais hoje, nunca mais voltaremos atrás. Quando você anda por nossas fazendas e vê o conforto dos animais, o relacionamento que os funcionários têm com eles, tudo é muito positivo. Eu recomendaria que você abraçasse a mudança. Outro conselho é investir em um sistema de alimentação moderno para garantir que as matrizes estejam em um bom nível de condição corporal no momento do parto.

Como os suínos Hypor contribuem para o sucesso das operações da duBreton?

Os animais de genética Hypor são conhecidos por sua natureza social, o que os torna adaptáveis às nossas configurações de grupos grandes. As matrizes são muito maternais e cuidam bem de seus leitões. Também vi que são matrizes que voltam bem ao cio. Eu diria também que esses animais são mais saudáveis e respondem muito bem às nossas condições de criação, considerando que não usamos antibióticos. Ainda assim, melhoramos nossos resultados técnicos. Para se ter uma ideia, em ‘wean to finish’, nos últimos meses do ano, outubro, novembro e dezembro, ficamos abaixo de 4% tanto no desmame quanto no sacrificio.

Há algum desafio que a duBreton enfrenta e como você o supera?

Um de nossos desafios constantes é manter a condição ideal da carne de nossos suínos. Com mais de 11 unidades de produção, enfrentamos complexidades no gerenciamento dos níveis de espessura de toucinho. Mas descobrimos que o uso de sistemas modernos de monitoramento para acompanhar as condições ambientais e o consumo de água e ração nos permite fazer intervenções rápidas quando necessário. Nosso conselho para os outros é que não tenham medo de mudanças, sejam inovadores e priorizem o bem-estar dos animais - eles o recompensarão com melhor desempenho e resultados.