Transformando o potencial da fibra em uma fonte de prebiose intestinal

22-Jan-2025
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Desenvolvimento de um microbioma degradante de fibra, que geralmente é positiva para a saúde intestinal e para a performance do animal.

Nas modernas instalações de produção de suínos na América Latina, identificar as fases críticas e reconhecer todas as estratégias essenciais para melhorar o desempenho dos animais, se torna fundamental. Estes dados referem-se a uma pressão de incremento de produção de leitões (hiperprolificidade) e à busca por excelentes taxas de conversão alimentar.

De acordo com Bonetti et al. (2021), vários aspectos contribuem de forma importante neste desafio, em especial quando falamos da fase pré e pós desmama dos leitões, sendo fatores relevantes a desmama precoce destes animais, alteração de fatores sociais, mudanças na dieta, alterações morfofuncionais ao longo do trato digestivo e alterações das dietas do estado líquido para um sólido. Estes fatores podem levar a uma taxa de crescimento reduzida, períodos prolongados de jejum e anorexia pós desmame com graves consequências.

Todas essas circunstâncias interconectadas exercem efeitos prejudiciais sobre a saúde geral dos leitões à desmame, proporcionando o ambiente ideal para o aparecimento de diarreia pós-desmame (PWD), uma das doenças economicamente mais relevantes na suinocultura devido ao custo de terapias, taxas de crescimento mais lento e aumento da mortalidade.

Por muito tempo, o uso de medicamentos veterinários e mesmo de óxido de zinco tem sido amplamente adotado para mitigar estes efeitos de estresse pós desmame. Mas uma das estratégias que nutricionistas e sanitaristas podem tomar como base para mitigar estes riscos, fundamenta-se no uso de fontes de fibra dietética e de aditivos estimbióticos para transformar o potencial da fibra naturalmente presente no alimento dos leitões (ou mesmo da fêmea suína) em uma fonte potencial de prebiose intestinal, associando-se assim um baixo custo da estratégia para lograrmos um excelente desenvolvimento de um microbioma degradante de fibra, que geralmente é positiva para a saúde intestinal e para a performance do animal.

Para avaliar este efeito na dieta de fêmeas em lactação e igualmente no alimento de leitões pós desmame, uma equipe de pesquisadores da universidade de Illinois e da AB Vista (Acosta et al., 2024) avaliaram os efeitos da xilanase (Econase XT, AB Vista) e de um aditivo estimbiótico (Signis, AB Vista) no desempenho e na digestibilidade de nutrientes de leitões desmamados onde as matrizes também consumiram xilanase ou não na dieta de lactação. As hipóteses avaliadas foram: 1) a leitegada proveniente de matrizes alimentadas com xilanase na lactação proporciona maior desempenho em leitões pós desmame e; 2) Xilanase e o Aditivo Estimbiótico  melhoram o desempenho e a digestibilidade de energia bruta, fibra dietética e energia digestível na dieta para leitões após a desmama. Para isso, um total de 120 leitões recém desmamados de matrizes alimentados com uma dieta de lactação sem xilanase e 120 leitões de matrizes alimentadas com uma dieta de lactação contendo 16.000 unidades de xilanase (BXU) por kg foram usados. Os leitões foram distribuídos seguindo um fatorial de 2 x 3, sendo dois grupos de matrizes (dieta de lactação sem ou com xilanase) e três tratamentos dietéticos para os leitões após o desmame, ou seja: 1) controle; 2) controle mais 100 g/t de xilanase, e; 3) controle mais 100 g/t de aditivo estimbiótico. Os leitões foram desmamados em 4 blocos e atribuídos a 12 boxes por bloco, com 5 leitões por box para um total de 8 boxes por tratamento. Os leitões foram alimentados com dietas divididas em 3 fases, sendo: fase 1 de 1 a 14 dias, Fase 2 de 15 a 28 dias e fase 3 de 29 a 42 dias pós desmama. A desmama foi realizada com leitões aos 21 dias de idade. O ganho médio diário, consumo ração diário e a eficiência alimentar (ganho/consumo) foram calculados. As amostras fecais foram coletadas ao final das fases 2 e 3. Os dados foram analisados por meio do procedimento MIXED do SAS.

O modelo estatístico demonstrou que os leitões desmamados tiveram um melhor (P < 0,05) ganho de peso, eficiência alimentar, coeficiente de digestibilidade energética e de fibra dietética na fase 2 e 3 quando alimentados com a dieta com estimbiótico e xilanase, se comparado com animais do grupo controle. Em conclusão, os leitões alimentados com dietas contendo xilanase e em especial com aditivos estimbiótico tiveram maior digestibilidade de nutrientes e energética (P<0,05), resultando em maior ganho de peso e eficiência alimentar no período total avaliado (42 dias após desmame), mas a alimentação de matrizes com xilanase na lactação não influenciou o desempenho de crescimento pós-desmame, embora futuras avaliações quanto ao efeito deste aditivo e principalmente do aditivo estimbiótico deva ser avalialiado nesta fase, em especial quanto ao perfil de modulação de microbioma da fêmea e seu impacto na progênie.

Se necessitam de mais detalhes sobre os dados descritos anteriormente, por favor, entrem em contato com um representante de AB Vista, estaremos sempre a sua disposição.

Texto escrito por Alexandre Barbosa de Brito, Miliane Alves da Costa, Ingrid Martinez, AB Vista LATAM.

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20-Fev-2025gustavo-cordero-gonzalezDesarrollo de un microbioma que degrada la fibra, lo que suele ser positivo para la salud intestinal y el rendimiento animal.

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