Salmonelose

A salmonelose é uma doença bacteriana de grande importância em suínos, devido à sua capacidade de produzir intoxicação alimentar no homem. Clinicamente, pode se apresentar como diarreia, doença sistêmica ou pneumonia.

Nomes alternativos: salmonelose, salmonellose

+ info diagnóstico laboratorial

Informação

A salmonela é amplamente disseminada no homem e nos animais. Dos muitos sorotipos de salmonela que existem (> 2.400), os que causam principalmente doenças clínicas em suínos são Salmonella Choleraesuis e Salmonella Typhimurium. S. Choleraesuis é o sorotipo específico adaptado aos suínos e pode causar doença generalizada grave em porcas (febre, depressão, sepse, pneumonia, meningite, artrite e diarréia), mas geralmente não afeta os homens. O sorotipo mais comumente encontrado em suínos, no entanto, a Salmonella Typhimurium, que às vezes é associado à diarreia em suínos jovens e também é uma fonte comum de intoxicação alimentar em humanos. Os suínos podem tornar -se portadores subclínicos de S. Choleraesuis por longos períodos, já que o organismo sobrevive nos linfonodos mesentéricos que drenam o intestino. Muitos desses portadores não excretam as bactérias nas fezes, a menos que estejam sob estresse. Alguns suínos podem excretar fezes contaminadas contínua ou intermitentemente. A doença depende da tensão e da dose infectante, ou seja, requer um número relativamente grande de organismos para a ocorrência de sinais clínicos.

A salmonelose pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais frequente em suínos em crescimento com mais de oito semanas de vida. As salmonelas presentes no intestino do suíno podem contaminar a carcaça durante o abate no matadouro, representando um risco potencial para a saúde humana.

Sintomas

Matrizes:

  • Alta temperatura;
  • Apatia;
  • Perda de apetite;
  • Congestão das orelhas, nariz e cauda (septicemia);
  • Pneumonia;
  • Tosse;
  • Sinais nervosos (raros);
  • Diarreia com mau cheiro às vezes com sangue e muco;
  • Elas podem morrer na fase aguda da doença.

Leitões:

  • A doença é rara em leitões devido à imunidade passiva fornecida pelo colostro.

Creche e engorda:

  • A mesma apresentação clínica das porcas.

Causas / Fatores que contribuem

  • Má higiene;
  • Estresse produzido pelo movimento e mistura de lotes;
  • Galpões em uso contínuo (sem vazio sanitário);
  • Botas e roupas contaminadas;
  • Transmissão mecânica através de fezes e movimentação de material contaminado;
  • Vermes e moscas;
  • Contaminação de alimentos por aves, ratos e camundongos;
  • Contaminação de ingredientes alimentares (especialmente gordura animal).
     

 

Diagnóstico

+ info diagnóstico laboratorial

  • Sinais clínicos (podem ser semelhantes à peste suína africana ou outras septicemias);
  • Necropsia (edema intersticial, fígado, baço e congestão gastro-hepática de linfonodos);
  • Culturas bacterianas (órgãos, fezes, sangue);
  • PCR;
  • Sorologia;
  • Isolamento e sorotipagem são importantes.

 

Controle/Prevenção

  • Melhorar a higiene, garantindo limpeza e desinfecção adequadas (lembrar que a doença é dependente da dose infectante);
  • Realizar manejo all in/all out;
  • Comprar de animais (incluindo porcas de reposição de fornecedores negativos para a doença;
  • As vacinas podem ser muito eficazes (existe alguma proteção cruzada entre S. Choleraesuis e Typhimurium);
  • Antibióticos podem controlar a doença, mas não eliminar o patógeno;
  • Gordura de origem animal não deve ser usada na dieta;
  • Controle integrado de roedores.

Artigos relacionados:

Você não está inscrito na lista A web em 3 minutos

Um resumo semanal das novidades da 3tres3.com.br

Faça seu login e inscreva-se na lista

E-diagnóstico

Ferramenta para diagnosticar doenças nos suínos

entrar

Atlas de patologia

Descrição fotográfica das lesões mais significativas dos suínos

entrar