Disenteria suína

A disenteria suína é causada pela bactéria Brachyspira hyodysenteriae e é caracterizada por diarreia com sangue e muco de intestino grosso que afeta principalmente animais na engorda.

Nomes alternativos: Brachyspira hyodysenteriae

A disenteria suína é causada por um grupo de espiroquetas beta-hemolíticas chamado Brachyspira (anteriormente chamado Serpulina ou Treponema) hyodysenteriae (agente clássico) e B. hampsonii. Este microrganismo causa inflamação grave do intestino grosso com diarreia com sangue e muco.

A doença é frequente em suíno pesando entre 12 e 75 kg, mas casos graves também ocorrem ocasionalmente em porcas e leitões.

A Brachyspira pode sobreviver fora do suíno, nas fezes, por até 112 dias, mas morre dentro de dois dias em ambientes quentes e secos. Pode ser transmitida por pássaros, moscas, fômitos e ratos.

A propagação dentro da granja é lenta, aumentando o número de suínos afetados à medida que o microrganismo se acumula no ambiente. Os suínos que se recuperam raramente sofrem da doença novamente, porém os anticorpos (IgG e IgA) têm vida curta. Portanto, não há uma boa relação entre o nível de anticorpos e a proteção. Existem porcas que podem não apresentar sintomas por vários meses e transmitir a doença aos seus leitões.

O alto custo da doença está normalmente associado à mortalidade (baixa), morbidade (alta), diminuição do crescimento e conversão alimentar e aos custos de medicamentos contínuos na alimentação.

O período de incubação em casos de campo é normalmente de 7 a 14 dias, mas pode ser de até 60 dias. Os suínos podem inicialmente desenvolver um estado transportador subclínico e manifestar sintomas quando estão sob estresse ou quando há uma mudança na dieta.

Matrizes:

• Os sintomas clínicos em porcas são raros, a menos que a doença ocorra pela primeira vez na granja;
• As porcas se tornam portadoras assintomáticas.

Leitões de maternidade:

• Eles podem sofrer disenteria aguda grave;
• Fezes pastosas, marrons claras com ou sem sangue e muco;
• Perda de condição corporal.

Creche e engorda:
Os primeiros sintomas são:

• Diarreia pastosa, que mancha a pele do períneo sob o ânus;
• A diarreia é inicialmente de cor marrom clara, com muco de consistência gelatinosa e fios de sangue;
• Flancos afundados;
• Perda parcial de apetite;
• Alguns casos de morte súbita;

À medida que a doença progride:

• Quantidades crescentes de sangue podem aparecer, fazendo com que as fezes fiquem escuras e fétidas;
• O suíno perde rapidamente apetite e condição corporal;
• Desidratação;
• Animais magros com olhos fundos.

• Os suínos são infectados pela ingestão de fezes contaminadas;
• É transmitida a partir de suínos portadores (incluindo porcas de parição) que excretam o microrganismo nas fezes por um longo tempo;
• Transmissão mecânica por fezes infectadas em equipamentos, caminhões de distribuição de ração contaminados, botas e etc;
• Pode ser transmitido por moscas, ratos, pássaros e cães;
• O estresse produzido pela mudança da dieta pode desencadear a doença;
• Má higiene e alta umidade;
• Superlotação.

• Sinais clínicos de diarreia com sangue e muco;
• Necropsia - esta doença é restrita ao intestino grosso;
• Cultura bacteriana especial e identificação de um espiroqueta altamente beta-hemolítica;
• PCR de fezes.

• Controle de roedores e animais selvagens;
• Manejo all in/all out;
• Limpeza e desinfecção completas das baias;
• Evitar a mistura de lotes;
• Antibióticos podem ser usados ​​para controle, mas requerem longos períodos e podem ser bastante caros;
• Despovoar e reabastecer as granjas;
• Todos os animais de reposição devem ser de um fornecedor negativo para a disenteria;
• As vacinas estão disponíveis em algumas áreas e podem ser úteis (específicas ao sorotipo).