Nestes galpões existem dois tipos de corredores, um para as matrizes entrarem e saírem das gaiolas ou baias. e outro para os funcionários e o macho. É importante que os corredores tenham declividades (3%) e drenagem adequadas para evitar umidade.
Atualmente, as fêmeas em gestação podem ser alojadas das seguintes maneiras:
- Apenas Gaiolas: as matrizes são inseminadas na mesma gaiola onde permanecerão durante quase toda a gestação, a gaiola tem uma largura livre de 60 a 64 cm e um comprimento de 2,20 a 2,30 m dependendo da linhagem genética. Recomenda-se ter gaiolas com largura entre 55 e 60 cm para fêmeas de primeiro parto, pois algumas podem tentar rolar na gaiola e se machucar.
- Grupo: as fêmeas só entram nas gaiolas para serem inseminadas, daí vão para as baias todas do mesmo grupo ou bando. As faixas são compostas de oito a 60 animais, isso depende do sistema de entrega de ração, seja manual ou por máquina.
- Combinado: este sistema é uma combinação dos dois anteriores, as fêmeas ficam nas gaiolas para serem inseminadas e depois vão para as baias, a permanência nas gaiolas depende da confirmação da prenhez (5 a 7 semanas), da metodologia de alojamento e sistema de alimentação.
Nas baias podem ser totalmente livres se tiverem sistema de alimentação automático ou com semi-gaiolas; as semi gaiolas têm a mesma largura de uma gaiola normal, mas não têm porta e algumas têm metade do comprimento.
Nos galpões de gestação, recomenda-se tanto em gaiolas quanto em baias, fossas alagadas para coleta de dejetos, isso facilita sua retirada e reduz a entrada de funcionários nas baias. É importante ter um bom sistema de drenagem com tubulações com diâmetro maior que 6” para transportar o dejeto suíno até a área de colheita.
A fossa alagada com piso ranhurado é construída na parte de trás das gaiolas para que os dejetos ali caiam diretamente, cobre todo o comprimento da fileira de gaiolas, a largura varia de acordo com o material e a fabricação do piso. Nas gaiolas, a área de concreto onde a matriz se deita deve ter uma inclinação de 3%.
Nas baias de gestação em grupo, sugere-se um piso duro de 40% e piso de 60% ranhurado, o piso duro deve ter uma inclinação de 3% em direção às fossas. Algumas baias com baixo número de matrizes são projetadas inteiramente em pisos duros com inclinação para um canal de coleta.
Ilustração 1. Galpão de gestação
O número de alojamentos ou espaços de gestação na granja são calculados da seguinte forma:
Espaços de gestação = Matrizes efetivas na granja – matrizes em lactação + nº de partos semanais + matrizes em estimulação.
Se a granja possui um sistema completo de faixas de lactação, ou seja, o tempo de faixa é igual ao tempo de lactação mais uma semana para limpeza e desinfecção, o total dos espaços de gestação é igual ao das matrizes efetivas mais o espaço das matrizes em estimulação.
Características e dimensões da área de gestação:
Nas zonas equatoriais, o galpão deve ser orientado nascente - poente e com coberturas altas que permitam a entrada de luz e ventilação.
Os galpões de gestação somente gaiola são projetados com as seguintes dimensões: as gaiolas de gestação têm 2,20 a 2,3 m de comprimento por 60 a 64 cm de largura efetiva, ou seja, sem a espessura do tubo ou haste da gaiola.
Os corredores por onde passam as matrizes para entrar nas gaiolas devem ter uma largura mínima de 0,9 m e o corredor por onde passam o macho e o funcionário deve ter no mínimo 70 cm, mas não deve ser muito largo para evitar curvas.
Nos galpões de gestação coletiva, recomenda-se uma densidade de 2,4 m por matriz alojada e o número de matriz por baia deve estar de acordo com o sistema de alimentação a ser implementado. A água deve ser garantida em quantidade suficiente, as chupetas devem ter vazão mínima de 2 litros por minuto.
As fossas nas quais o piso sulcado é instalado devem ter uma profundidade efetiva de água de 40 cm e uma borda livre de 10 cm abaixo do nível do piso sulcado e ter uma inclinação mínima de 5%.
As ilustrações 2 e 3 mostram o plano e o corte de uma gestação em uma gaiola com desenho de quatro linhas, com corredores de trânsito para matrizes de 90 cm e para chupetas de 70 cm e gaiolas de 2, 20 m de comprimento e 0,63 m de largura.
Ilustração 2. Planta do galpão de gestação
Ilustração 3. Plano de corte do galpão de gestação
A Figura 4 representa baias de gestação coletiva com sistema de abastecimento automático de alimentação e detecção individual; cada baia tem um desenho diferente dos pisos duros e ranhurados, Na primeira observa-se uma baia com piso duro em um dos lados, a segunda tem piso duro em L, a terceira os tem na forma de corredores laterais e o quarto em forma de U.
Os pisos duros são colocados contra as paredes para dar conforto às matrizes quando elas se deitam, elas procuram se apoiar nelas.
Ilustração 4. Planta de galpão de gestação coletiva com gaiolas de alimentação